Jogo de Palavras

"No principio era o logos..."

terça-feira, fevereiro 27, 2007

ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE TEOLOGIA

Vai realizar-se no terceiro fim-de-semana de Março, dias 16, 17 e 18 de Março de 2007, o Encontro Nacional de Estudantes de Teologia (ENET), na qual se integram as conferências com teólogos convidados e outras actividades culturais para os alunos de Teologia. Este ano realizar-se-á na cidade do Porto.
Para este encontro temos confirmado a presença do Eminentíssimo Sr. Cardeal D. José Saraiva Martins, do Dr. António Couto, do Professor Santiago Guerra e da Dra. Maria do Céu. A voz da Claudine Pinheiro, com o concerto “Água viva”, animará o nosso serão de sábado.
Embora seja um encontro de estudantes de teologia estará aberto a todo o público interessado. A entrada é livre.
A FNAET é uma federação que tem como objectivo estabelecer laços de convívio sadio entre os estudantes de teologia do nosso país e tem como rosto visível a organização do encontro anual. Este encontro é espaço de convívio, oração, reflexão sobre um tema que é proposto pela federação e partilha.
O tema deste ano é o seguinte: “Teologia hoje. O papel das religiões na paz mundial”.
No dia 16 de Março, dia da conferência inaugural proferida pelo Sr. Cardeal D. José Saraiva Martins, o Sr. Cardeal D. José Saraiva Martins, celebrará as bodas de ouro sacerdotais.


PROGRAMA DAS CONFERÊNCIAS DO ENET (PORTO)


16 de Março
21h 30 - CARDEAL SARAIVA MARTINS - Congregação para as Causas dos Santos
O Papel das Religiões na Paz Mundial.
17 de Março
9h 30 - SANTIAGO GUERRA – Centro Internacional Teresiano-Sanjuanista (Cites)
A Mística Cristã no diálogo inter-religioso (Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz)

11h 00 - ANTÓNIO COUTO – Universidade Católica Portuguesa (UCP)
Olho por olho dente por dente?

15h 30 - MARIA DO CÉU PINTO – Universidade do Minho (UM)
"Diálogo inter-religioso Cristianismo-Islão: as dificuldades do relacionamento na conjuntura actual".

21h 30 . Concerto por Claudine Pinheiro - Salesianos

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Novo Bispo do Porto



Ao receber a nomeação do Santo Padre Bento XVI para Bispo do Porto, quero, antes de mais, agradecer ao Sucessor de Pedro a confiança que põe em mim para tão exigente ministério. Por minha parte, toda a confiança tenho na graça divina, que nunca nos falta com o necessário para o que Deus nos pede. A Deus me entrego, à Virgem Santíssima e à comunhão dos santos.

Dirijo uma palavra de muita consideração e estima ao Senhor D. Armindo Lopes Coelho, pedindo a Deus que o cumule de saúde e paz, na merecidíssima recompensa do seu fiel ministério. Consideração e estima que estendo também ao Senhor D. Júlio Tavares Rebimbas e aos Senhores Bispos eméritos residentes na Diocese do Porto. Com todos conto, no contributo inestimável da sua experiência e sabedoria.

Ao Senhor D. João Miranda Teixeira, administrador apostólico, bem como aos Senhores D. António Maria Bessa Taipa e D. António José Cavaco Carrilho, dirijo igualmente uma palavra de muita amizade, gratidão e confiança, pois com eles aprenderei a ser bispo no Porto.

Nesta altura, também não posso deixar de manifestar toda a gratidão, admiração e amizade que nutro pelo Senhor D. José da Cruz Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, com quem tanto tenho aprendido do serviço de Deus e da Igreja, na atenção constante aos “sinais dos tempos”. Gratidão e estima alargada a todos os Senhores Bispos que comigo têm sido Auxiliares de Lisboa, desde a minha nomeação em 6 de Novembro de 1999. Igualmente estendidas a todos os padres, diáconos, seminaristas, religiosas, religiosas e fiéis leigos do Patriarcado, com quem tenho aprendido a ser cristão, desde o meu baptismo e sucessivas ordenações.

Aos diocesanos do Porto, a todos os padres, diáconos, consagrados e leigos que na Diocese vivem e testemunham o Evangelho de Cristo, dedico agora tudo quanto tenha de coração e espírito. Como “programa” levo um só propósito, total e absoluto: conhecer, amar e servir a Diocese do Porto. Conhecê-la na qualidade e circunstância de cada sector, geográfico, social e cultural. Amá-la, com o amor de Cristo esposo, que se entrega com quanto é e tem. Servi-la, aproximando e unindo o muito que o Espírito vai suscitando em cada um dos fiéis, das comunidades e iniciativas que tanto enriquecem a Igreja portucalense. Activando o que está dito e proposto na Exortação apostólica pós-sinodal Pastores Gregis , sobre o bispo, servidor do Evangelho de Jesus Cristo para a esperança do mundo, nº 44: “A Igreja é uma comunhão orgânica, que se realiza através da coordenação dos vários carismas, ministérios e serviços em ordem à consecução do fim comum que é a salvação. O Bispo é responsável pela realização desta unidade na diversidade, procurando […] favorecer de tal modo a sinergia entre os diversos agentes que seja possível percorrerem juntos o caminho comum de fé e missão”.

Nesta saudação incluo também todos os crentes de outras confissões e credos que vivem na diocese do Porto, ciente de que a fé em Deus é o melhor alicerce e incentivo da nossa fraternidade e solidariedade. E igualmente dirijo uma palavra de muita estima e disponibilidade a todos os que nas diversas instâncias públicas e autárquicas, bem como académicas, culturais, sociais, filantrópicas e desportivas, se dedicam ao serviço do bem comum, rumo a uma sociedade sempre mais justa, solidária e fraterna.

Uma palavra final para quantos sofrem no corpo ou no espírito. Garanto-lhes a prioridade na minha oração e acção.

Que a bênção de Deus vos anime a todos, na esperança certa do Evangelho de Cristo!



22 de Fevereiro de 2007

+ Manuel Clemente

terça-feira, fevereiro 20, 2007

40 horas de adoração



E, sempre que os seres viventes dão glória, honra e acção de graças ao que está sentado no trono e que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro anciãos prostram-se diante do que está sentado no trono e adoram ao que vive para sempre; e, lançando as suas coroas diante do trono, aclamam:
«Digno és, Senhor e nosso Deus,
de receber a glória, a honra e a força;
porque criaste todas as coisas,
por tua vontade foram criadas e existem.»
(Ap 4, 9-11)


Ali estavas ontem Jesus, sereno naquela mesa exposto e sempre pronto a escutar o silêncio surdo dos teus filhos; o grito angustiante dos seus corações. Tudo te querem dizer, nada conseguem dizer. Mas ali estás tu, não dizes nada mas mantens-te presente; não te cansas nem te afastas.
Alta ia a madrugada já, mas ficaste presente na mesma no pão eucarístico diante de nós. Presença que alimenta, presença que serena os corações atribulados, presença...

sábado, fevereiro 10, 2007

"Maldito quem confia no homem; bendito quem confia no Senhor "

Leitura do Livro de Jeremias

Eis o que diz o Senhor:
«Maldito quem confia no homem
e põe na carne toda a sua esperança,
afastando o seu coração do Senhor.
Será como o cardo na estepe
que nem percebe quando chega a felicidade:
habitará na aridez do deserto,
terra salobre, onde ninguém habita.
Bendito quem confia no Senhor
e põe no Senhor a sua esperança.
É como a árvore plantada à beira da água,
que estende as suas raízes para a corrente:
nada tem a temer quando vem o calor
e a sua folhagem mantém-se sempre verde;
em ano de estiagem não se inquieta
e não deixa de produzir os seus frutos».


Neste momento o homem está a usar mais a razão que o coração ou a sua própria fé, bem como a identidade da alma lusitana. Que o homem seja capaz de se aproximar do Senhor das nossas vidas pois assim seremos como árvores plantadas junto ao rio, sempre com as condições favoráveis à vida e aos frutos. Aquele que se afasta de Deus torna a sua vida um deserto árido, onde ninguém habita. Se não deixarmos que o Espírito da vida abra um golpe profundo no nosso coração, para o encher de vida, o único caminho é a morte (caminho contrário à lei Evangélica). O Reino de Deus pertence aos pobres, aos humildes, aos que choram, aos que têm fome e sede, aos que são perseguidos em nome d'Aquele que se afirmou "Caminho, Verdade e Vida". A grande recompensa será dada com grande alegria no Céu (na comunhão com Deus)


sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Luz para se revelar às nações

(tirada por Nuno M.)



"Deixa agora o teu servo ir em paz Senhor
segundo a Tua palavra. Porque meus olhos viram a Tua salvação"


"Sião, adorna tua câmara nupcial e recebe o Cristo Rei. Acolhe com amor a Maria, Porta do Céu, pois ela tem em seus braços o Rei da glória, luz nova que resplandece. A Virgem avança, apresentando a seu Filho, engendrado antes da Aurora. Simeão O recebe em seus braços e anuncia ao povo que é o Senhor da vida e da morte, o Salvador do Mundo". (Canto de Procissão da Candelária).



Pode-se dizer que a devoção a Nossa Senhora da Candelária , ou Nossa Senhora das Candeias , ou Nossa Senhora da Luz , tenha duas origens , uma baseada em uma lenda das Ilhas Tenerife (Canárias) e outra pela devoção popular .
Origem pela Lenda : Conta-se que por volta de 1440 , dois pastores guardavam seus animais perto de uma caverna na ilha de Tenerife , nas Canárias , e observaram , certo dia , que o gado se recusava a entrar na caverna , apesar de seus esforços . Os pastores entraram então na gruta e descobriram a imagem de uma Senhora com o filho no colo .
Estranhando o ocorrido , foram relatar ao povo . Acudindo a população , inclusive o rei do país , ao local , observaram maravilhados a existência de numerosas candeias (velas) sustentadas por seres invisíveis que , com seus cânticos , ensinavam a maneira de render culto a Deus e a Virgem Maria .
Começaram os nativos a honrar Aquela que amavam sem conhecer , até que um cristão espanhol , casualmente , ali desembarcou nos fins do século XV e explicou-lhes o mistério .
Pouco depois , foram as ilhas conquistadas pelos castelhanos e , quando os Padres Jesuítas chegaram , não tiveram trabalho em converter aquele povo já tão devoto de Maria , a quem deram o título de Candelária , por causa das candeias que iluminavam a imagem .

Origem pela Devoção Popular : Teve origem nos primórdios da era cristã para comemorar a purificação de Maria .Era preceito da lei mosaica que todo filho varão fosse apresentado no Templo , quarenta dias após seu nascimento . A mãe considerada impura após o parto , deveria ser purificada por uma cerimônia especial . Maria Santíssima , desejando submeter-se a esta determinação , apresentou-se com o Menino Jesus no Templo .
Esta festividade , nos primórdios do cristianismo , era denominada “das Candeias”, porque comemorava-se o trajeto de Maria até o Templo , com uma procissão , na qual os acompanhantes levavam na mão , velas acesas .
A procissão dos luzeiros é proveniente de antigo costume dos romanos , pelo qual o povo recordava a angústia da deusa Ceres , quando sua filha Prosérpina foi raptada por Plutão , deus dos infernos , para tomá-la como companheira no império dos mortos . esta tradição estava tão arraigada que continuou mesmo entre os convertidos ao cristianismo . Os primeiros Padres da Igreja tentaram eliminá-la , mas não conseguiram . Como aquela festa caía sempre no dia 2 de fevereiro , data em que os cristãos comemoravam a Purificação de Maria , o Papa Gelásio (492 – 496) , resolveu instituir um solene cortejo noturno , em homenagem à Mãe Santíssima , convidando o povo a comparecer com círios e velas acesas e cantar hinos em louvor de Nossa Senhora .
Esta celebração propagou-se por toda a Igreja Romana e, em 542 , Justiniano I instituiu-a no Império do Oriente , após ter cessado uma peste que grassava na região .