Jogo de Palavras

"No principio era o logos..."

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Novo Bispo do Porto



Ao receber a nomeação do Santo Padre Bento XVI para Bispo do Porto, quero, antes de mais, agradecer ao Sucessor de Pedro a confiança que põe em mim para tão exigente ministério. Por minha parte, toda a confiança tenho na graça divina, que nunca nos falta com o necessário para o que Deus nos pede. A Deus me entrego, à Virgem Santíssima e à comunhão dos santos.

Dirijo uma palavra de muita consideração e estima ao Senhor D. Armindo Lopes Coelho, pedindo a Deus que o cumule de saúde e paz, na merecidíssima recompensa do seu fiel ministério. Consideração e estima que estendo também ao Senhor D. Júlio Tavares Rebimbas e aos Senhores Bispos eméritos residentes na Diocese do Porto. Com todos conto, no contributo inestimável da sua experiência e sabedoria.

Ao Senhor D. João Miranda Teixeira, administrador apostólico, bem como aos Senhores D. António Maria Bessa Taipa e D. António José Cavaco Carrilho, dirijo igualmente uma palavra de muita amizade, gratidão e confiança, pois com eles aprenderei a ser bispo no Porto.

Nesta altura, também não posso deixar de manifestar toda a gratidão, admiração e amizade que nutro pelo Senhor D. José da Cruz Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, com quem tanto tenho aprendido do serviço de Deus e da Igreja, na atenção constante aos “sinais dos tempos”. Gratidão e estima alargada a todos os Senhores Bispos que comigo têm sido Auxiliares de Lisboa, desde a minha nomeação em 6 de Novembro de 1999. Igualmente estendidas a todos os padres, diáconos, seminaristas, religiosas, religiosas e fiéis leigos do Patriarcado, com quem tenho aprendido a ser cristão, desde o meu baptismo e sucessivas ordenações.

Aos diocesanos do Porto, a todos os padres, diáconos, consagrados e leigos que na Diocese vivem e testemunham o Evangelho de Cristo, dedico agora tudo quanto tenha de coração e espírito. Como “programa” levo um só propósito, total e absoluto: conhecer, amar e servir a Diocese do Porto. Conhecê-la na qualidade e circunstância de cada sector, geográfico, social e cultural. Amá-la, com o amor de Cristo esposo, que se entrega com quanto é e tem. Servi-la, aproximando e unindo o muito que o Espírito vai suscitando em cada um dos fiéis, das comunidades e iniciativas que tanto enriquecem a Igreja portucalense. Activando o que está dito e proposto na Exortação apostólica pós-sinodal Pastores Gregis , sobre o bispo, servidor do Evangelho de Jesus Cristo para a esperança do mundo, nº 44: “A Igreja é uma comunhão orgânica, que se realiza através da coordenação dos vários carismas, ministérios e serviços em ordem à consecução do fim comum que é a salvação. O Bispo é responsável pela realização desta unidade na diversidade, procurando […] favorecer de tal modo a sinergia entre os diversos agentes que seja possível percorrerem juntos o caminho comum de fé e missão”.

Nesta saudação incluo também todos os crentes de outras confissões e credos que vivem na diocese do Porto, ciente de que a fé em Deus é o melhor alicerce e incentivo da nossa fraternidade e solidariedade. E igualmente dirijo uma palavra de muita estima e disponibilidade a todos os que nas diversas instâncias públicas e autárquicas, bem como académicas, culturais, sociais, filantrópicas e desportivas, se dedicam ao serviço do bem comum, rumo a uma sociedade sempre mais justa, solidária e fraterna.

Uma palavra final para quantos sofrem no corpo ou no espírito. Garanto-lhes a prioridade na minha oração e acção.

Que a bênção de Deus vos anime a todos, na esperança certa do Evangelho de Cristo!



22 de Fevereiro de 2007

+ Manuel Clemente

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