Fim de exames - Omnia vincit amor
(Tirada por Nuno Monteiro)
Bem, não vim aqui para falar deste tempo de exames que deita qualquer aluno abaixo. Mais uma temporada que passou... Bem ou mal passou, o resultado a próxima semana no-lo dirá.
Hoje para descansar um pouco deste tempo atribulado e a conselho do meu grande amigo, peguei na Encíclica que o Papa Bento XVI escreveu e fui para o meu "refúgio" a praia ler um texto profundo, ao som do canto alegre das gaivotas, aquecido pelos raios de um sol que se avizinha primaveril, com a imensidão do mar azul a tocar o azul do céu. Já dizia o filósofo Bento de Espinosa que este mundo é o melhor dos mundos possivéis.
Ainda não terminei de ler a Carta Enciclica "Deus Caritas Est", mas vou deixar aqui alguns apontamentos:
"Deus é amor, e quem permanece no
amor permanece em Deus e Deus nele."
O amor de Deus por nós coloca questões decisivas sobre quem é Deus e quem somos nós.
O termo amor tornou-se uma das palavras mais usadas e mesmo abusadas o qual tem significados diversos hoje em dia.
Há que diferenciar o eros do ágape. Nietzsche afirma que o Cristianismo teria dado veneno a beber ao eros, que embora não tivesse morrido, teria degenerado em vício. Mas será que o Cristianismo destruiu verdadeiramente o eros? Os gregos tal como outras culturas, viram no eros o inebriamento, a subjugação da razão por parte duma "loucura divina".
Se o ser humano aspira a ser somente espírito e quer rejeitar a carne como herança apenas animalesca, então espírito e corpo perdem a sua dignidade. Nem o espírito nem o corpo amam sozinhos: é o ser humano, a pessoa, que ama como criatura unitária, de quem fazem parte o corpo e a alma. Só quando se fundem verdadeiramente numa unidade, é que o ser humano se torna plenamente ele próprio e que o amor (o eros) pode amadurecer até à sua verdadeira grandeza. O eros degradado a puro "sexo", torna-se mercadoria, uma simples "coisa" que se pode comprar e vender, torna o próprio ser humano uma mercadoria.
Prometo que vou apontando aqui momentos de reflexão sobre este tema que Bento XVI abordou.
4 Comments:
At sexta-feira, fevereiro 10, 2006 11:01:00 da tarde,
Cleopatra said…
tenho uma oração minha, no meu Blog.
Não sei se já viu
Chama-se mesmo oração e creio que a postei no m~es de janeiro...
Lá prometi falar um dia do que é para mim Deus..
Será que temos conceitos diferentes?
Creio que sim..
Mas não pense que não fiz um percurso perto do seu...
De qualquer forma andamos um pouco distantes apesar de próximos.
1 Bj.
At sábado, fevereiro 11, 2006 12:22:00 da manhã,
nahar said…
Penso que o Deus é sempre o mesmo apesar da realidade divina ser apreemdida ou vivida de diferentes formas consoante a busca de cada um ou a apetencia de cada um...
At domingo, fevereiro 12, 2006 7:36:00 da tarde,
Cleopatra said…
Deus é sempre o mesmo...
o mesmo ser
a mesma energia
Nós sentimo-lo ou abarcamo-lo, ou entendemo-lo, de formas diferentes..
At segunda-feira, fevereiro 13, 2006 10:50:00 da manhã,
Jorge Moreira said…
Deus é Amor!
Sem dúvida...
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