Jogo de Palavras

"No principio era o logos..."

quinta-feira, abril 05, 2007

Missa Crismal

Hoje, à semelhança dos anos anteriores, fui até à Sé do Porto para em Igreja diocesana e universal, participar na missa crismal. Da Igreja de Vilar até à Sé, algumas centenas de passos distanciaram-nos, mas a oração e o empenho nesta "vigília" do tríduo que se avizinha, tomaram conta de todos nós num espírito informal e livre. Deus caminhava connosco da mesma forma, demos espaço para que assim acontecesse. Além do grupo de Jovens do Momento Yadah da nossa paróquia, outras pessoas se fizeram certamente presentes no nosso coração, na nossa oração, no nosso "sacríficio quaresmal".


A missa crismal é antiquíssima em toda a Igreja. Nela, o bispo consagra os três óleos para a administração dos sacramentos: o santo crisma, o óleo dos catecúmenos e o óleo dos enfermos. As fontes litúrgicas falam-nos de sua importância e antiguidade. Em Roma, adquiria uma especial importancia e estava cheia de simbologia. Hoje, cada bispo na sua igreja catedral abençoa e consagra os três tipos de óleos na Quinta-Feira Santa pela manhã-lugar e momento tradicionais na liturgia romana já desde o século V-VI.
Na liturgia que segue ao Concílio Vaticano II acrescentou-se nesta missa crismal um rito significativo: a renovação das promessas sacerdotais. Contudo, é muito importante que o centro da celebração seja precisamente a consagração dos três óleos que servem para a administração dos sacramentos e não a renovação das promessas sacerdotais.



Hoje é o dia em que a Igreja eleva um hino de acção de graças e faz memória da última ceia que Cristo celebrou. Uma ceia especial em que nos mostrou como ser grande (servindo), em que nos mostrou como amar (servindo). Ele veio mesmo para servir na sua entrega total e ainda disse nessa ceia "Como Eu fiz, fazei vós também"(Jo 13,15).

Hoje de certa forma a Igreja está em festa pois celebra o grande mistério em que o Filho do Homem fica por nós e para nós num pedaço de pão e de vinho. Frutos da terra e do trabalho do homem, alimento presente em qualquer mesa, pobre ou rica. Ficou presente nos alimentos do dia a dia, um alimento que poderia ser considerado tao comum, mas não. É o alimento de todos os cristãos, o verdadeiro maná.
A Igreja hoje veste-se de branco, canta o glória e louva o seu Deus por este tão admirável mistério e presença real.

2 Comments:

Enviar um comentário

<< Home