Conversão de um convertido
A caminho de Damasco, Saulo vê uma luz forte que o cega, uma luz tão intensa, aquela luz primeira criadora do "faça-se" do início da criação; aquela luz intensa que guiou o povo de Israel nas noites dos seus desertos; aquela luz intensa que encheu homens e mulheres de bem ao longo dos tempos; a mesma luz intensa que invadiu a humildade e pequenez de uma gruta perdida nos campos de Belém. Essa é a vervadeira e eterna luz que nos guia nos desertos da nossa vida, nas noites da humanidade ferida. Porque vive o homem tao depressivo, sem esperança alguma, seja no que for, sem um sorriso e uma atitude ou um passo acelerado e decidido? A humanidade está a perder este sentido de verdade, a verdade que ilumina, a verdade que se faz presente no silêncio, ainda que negada. Um caminho que nos levará à única verdade.
Tal como Paulo, a humanidade erra e traça caminhos, que muitas vezes não são os mais correctos e acertados, mas continua convicta nesse seu peregrinar que leva ao abismo, à solidão, à não entrega aos demais. O tempo do "usa e deita fora". Um tempo de ausência de verdadeiros valores, de um certo individualismo. Paulo convicto do que estava a fazer, perseguia os cristãos, conduzindo-os à morte, mas a luz de Damasco fê-lo cair, fê-lo cair em si e reconhecer nessa luz Jesus Cristo, o perseguido.
A humanidade, hoje, precisa de "cair do cavalo" e deixar que essa luz lhes abra os olhos cegos do ódio, do egoísmo, do indiferentismo, do individualismo, da falta de amor e solidariedade. Uma sociedade que precisa cair do cavalo, mudar o estilo de vida, a forma de encarar tudo e todos, a forma de fazer caminho. Caindo do cavalo, muda de vida, de atitudes, re-converte-se.
1 Comments:
At quarta-feira, janeiro 28, 2009 8:49:00 da manhã,
Sandra Dantas said…
Querido Nuno,
é mesmo isso, precisamos de cair do cavalo!!!
Um grandioso abraço para ti e boa re-conversão!
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