Jogo de Palavras

"No principio era o logos..."

sexta-feira, maio 26, 2006

Sonho

Um sonho, uma realidade ilusória;
Uma sombra que desce
e se transfigura naquele instante.
Apodera-se de mim e alimenta-me
deixando-me faminto;
refresca-me
deixando-me sedento.
Se o sonho é a única
forma de te encontrar,
então permaneça eu num sono profundo.
(Nuno Monteiro)

quinta-feira, maio 25, 2006

Olho e contemplo-Te
neste momento não te vejo
mas estás presente no mais intimo de mim,
no mais escondido do meu ser.
Guardo-Te para sempre
no tempo finito da finitude
dos dias que passam;
um e outro,
outro e mais outro.
Porém só guardo uma recordação,
um momento,
um instante,
uma vida perdida na finitude
de cada dia que passa;
um e outro,
outro e mais outro...

quarta-feira, maio 24, 2006

A Babel...

(Tirada por Nuno Monteiro)

domingo, maio 21, 2006




"Deus é amor"...

É isto que a Palavra de Deus nos quis deixar este domingo. A única coisa que desejo e anceio é por este amor de Deus em cada em de nós.

sábado, maio 20, 2006

A minha primeira vez...

Era uma manhã fria de nevoeiro cerrado, com gotas finas e frias de orvalho a refrescar o dia que mal amanhecia.
Estava nervoso pois nunca o tinha feito, só de imaginar aquele momento único de tamanha proximidade e contacto suave,tremia por todo o corpo (sintomas normais nestas situações). Era a minha primeira vez...

Lá fui eu então...

Para as mentes perversas que por cá passaram para ler alguma revelação extraordinaria, tirem o cavalinho da chuva porque o que vou contar é a minha experiência a tirar sangue, pois com a minha aversão às agulhas e ao sangue (embora este me corra nas veias) fujo destas situações como o diabo foge da cruz.

Pelo menos não desmaiei, afinal não foi assim tão mau...

quinta-feira, maio 18, 2006

O abismo do tempo

"Aqueles que têm nome e nos telefonam
um dia emagrecem - partem
deixam-nos dobrados ao abandono
no interior duma dor inútil muda
e voraz.

arquivamos o amor no abismo do tempo
e para lá da pele negra do desgosto
pressentimos vivo o passageiro ardente das areias
- o viajante
que irradia um cheiro a violetas nocturnas
[...] e mais nada se move na centrigugação
dos segundos - tudo nos falta
nem a vida nem o que dela resta nos consola
a ausência fulgura na aurora das manhãs [...]
assim guardamos as nuvens breves os gestos
os invernos o repouso a sonolência o vento
arrastando para longe as imagens difusas
daqueles que amámos e não voltaram
a telefonar"
( Al Berto)

domingo, maio 14, 2006

13 de Maio


Qual é o português que não sente um certo orgulho neste dia em recordar as visitas que a Mãe de Deus nos fez há 89 anos atrás? Quem não sente um arrepio na espinha ao olhar para aquela imagem vestida de brano com uma força sobrenatural que olha os seus filhos, a ela confiados por Jesus junto à cruz? Portugal canta e louva a Mãe de Deus. Qual é o Filho que não gosta de ouvir elogios e louvores à sua prórpia mãe? Todos nós gostamos ouvir dizer que a nossa mãe é a melhor, sendo assim, Jesus também fica contente ouvir milhares de almas reunidas no recinto de Fátima para louvar a Sua Mãe.
Foi então há 89 anos que Maria desceu à Cova da Iria e falou a três crianças. Uma mensagem que falava de amor mas também de penitência e oração para que todo o mundo fosse um mundo mais justo fraterno e houvese paz.
D. Stanislaw Dziwisz, Secretário Pessoal do Papa João Paulo II e actual Cardeal Arcebispo de Cracóvia (Polónia), presidiu à Peregrinação Inter-nacional Aniversária de Maio 2006, a 12 e 13 de Maio, vinte e cinco anos após o atentado de João Paulo II, em Roma.
"Sou um humilde servidor deste grande Papa e, ao mesmo tempo, afortunada testemunha da sua santidade", disse o Cardeal de Cracóvia, durante a sua homilia para a Eucaristia Internacional do dia 13 - Festa de Nossa Senhora de Fátima, lida pelo Bispo Auxiliar de Évora.
Duzentos e cinquenta mil peregrinos estiveram esta manhã no Recinto de Oração do Santuário em Fátima a participar nas cerimónias da Peregrinação Internacional Aniversária de Maio 2006, 89 anos após a aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria. Muitos outros acompanharam as celebrações do exterior do Recinto que se tornou demasiado diminuto para acolher a multidão de fiéis.

quarta-feira, maio 10, 2006

Centelhas...

Sinto-me tão distante!
Tão longe de mim,
triste na minha dor…
Necessito,
De amor para alimentar a minha existência.
Só assim posso ser feliz.
Anseio plo amor.
Sentir, que a nossa vida
Depende de alguém!
Como é bom adormecer,
A pensar naquela Pessoa
Que faz o coração bater, palpitar,
Que nos torna especiais,
Todos os dias…
Que nos segreda as
Palavras mais doces
Que existem!

Quem sou?
Porque não consigo
Afastar esta tristeza?
Que me persegue
E consome a essência daquilo que sou
Não sou ninguém...
(Nuno Monteiro 10/05/2006)

terça-feira, maio 09, 2006

Um princípio,
um motor que faz mover
mas que se esvai
como o fumo cinza
que brota da ponta
encandescente de um cigarro.

Um princípio,
uma história que se faz
e que cai
sem razão e sem porquê
um princípio sem princípio,
um fim sem fim.
(Nuno Monteiro 9/5/2006 )

domingo, maio 07, 2006

Queima

E lá foram os três Yadahs mais novos para a selva urbana do queimódromo...
Mas antes disso ainda fomos alimentar o espírito numa vigília de oração pelas vocações na Igreja de Santo Ildefonso em pleno centro histórico do Porto.
Primeiro fomos fazer o reconhecimento do terreno para depois nos instalarmos junto ao palco com a primeira "bejeca" da noite a curtir Pedro Abrunhosa. Depois do concerto ter terminado e de muito nos termos rido e explodido as nossas energias, como a fome já apertava e a hora já ia adiantada, metemos-nos a caminho da barraca do famoso pão com chouriço "saia lá três pões com chouriço"
Tivemos que fazer escala na barraquinha de Teologia e lá fomos beber a terceira da noite por conta de Teologia ( estes meus irmãos Teólogos são muitos prestáveis, fez-me lembrar as primeiras comunidades cristãs em Actos dos Apóstolos em que tuto era de todos - perdoem-me a liberdade desta analogia).
O caminho até ao carro foi longo... Quem trouxe o carro para casa foi a Yadah mais responsável que lá estava, não fosse o diabo tece-las e sermos parados numa operação stop e ter que bufar ao balão...
Agora cá estou eu a chazinho de flores de dente de leão ( muito bom para problemas de fígado)...

sexta-feira, maio 05, 2006

Para pensar...

Bem estas aulas de Filosofia Contemporânea dão que pensar...

Hoje começamos um novo autor, Kierkegaard. A dada altura na obra que vamos analisar deste autor "O Conceito de Angustia", surgiu esta frase que me pediu uma reflexão. Aqui a vou deixar para criar essa reflexão em quem por aqui passe...

"A angustia é a possibilidade de liberdade"

quinta-feira, maio 04, 2006

Presença

Uma sombra que me cobre,
uma presença que me acompanha,
uma asa que me leva por
sonhos e memórias longínquas
pelo silêncio dos meus dias.

(Nuno Monteiro 04/05/2006)
Encosto-me à morte sem amparo ou sombra
como grão
abeiro-me da flor que virá e venho
à superfície do teu sonho

Como se acordasse a mão que semeia
no coração lavrado de quem fez a ceifa
rev«bento no interior da morte como o trigo

Rebento no interior do trigo
e de qualquer planta que se assemelhe a ti

(in Explicação das árvores e de outros animais de Daniel Faria)

terça-feira, maio 02, 2006

Por Maria a Jesus

(Tirada por Nuno Monteiro)

Começamos o mês de Maio, tempo dedicado a Maria, porém sem nunca esquecer o tempo pascal que vivemos, um tempo de graça e de vida, um tempo em que somos convidados q revestirmo-nos de uma vida nova em Cristo ressuscitado. Maria é a estrela da manhã, mas é o Seu Filho Jesus o Cristo que transmite a nova luz pela chama forte e inestinguivel de um amor que arde sem consumir.
Neste mês, as comunidades da Igreja Católica reunem-se à volta da figura de Maria, tal como os Apóstolos no Cenáculo à espera do Paráclito prometido.
O terço é desfiado vezes sem conta em mãos endurecidas pelo trabalho arduo do campo, em mãos que servem o próximo com o seu trabalho, em mãos que fazem e constriem o bem num mundo doente, em mãos jovens que esperam e lutam por um mundo mais justo e mais fraterno.
Acompanhado com as meditações e com os cânticos que a alma portuguesa tão bem exprimem, estes momentos tornam-se especiais pois com Maria caminhamos para Cristo...

Para pensar...

O corpo é a manifestação da vontade...

Ao encontro da Paz...


Entre estradas novas para mim salpicadas do verde do Minho, lá cheguei ao Mosteiro de Singeverga para passar um dia buscando a Paz. Na simplicidade de vida, na oração, no acolhimento fraterno de quem acolhe o próprio Cristo, senti a presença tão forte do Pai que tudo mudou em mim e me fez estar com uma postura diferente.

Naquela comunidade tenho dois amigos, nomeadamente um com o meu nome, mas ganhei muitos irmãos na comunhão da oração no coro do Mosteiro, na partilha das refeições...

Naqueles olhos que fui olhando, lia uma felicidade e um bem estar que me fazia "tremer" com tamanha entrega ao lema de S. Bento "Ora et Labora" para maior glória de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

Pensei, falei, fiz silêncio...