Jogo de Palavras

"No principio era o logos..."

sexta-feira, junho 30, 2006

«Se quiseres, podes curar-me»


Hoje quando te recebi nas mãos para vires até mim como alimento, sustento e força, limitei-me na minha pequenez e humildade a repetir as palavras do leproso que foi ter com Jesus: "Senhor, se quiseres, podes curar-me". Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo:"Eu quero: fica curado".

Ali fiquei eu por breves instantes a contemplar-Te na minha mão tão frágil. O meu Senhor ali diante de mim e por mim... Instantes que me soaram a eternidade...

O salmo da Eucaristia de hoje mostrava a tristeza de um Povo que por querer possuir Deus e as terras onde habitava, foi para o exílio da Babilónia e asim perderam tudo, a sua identidade, cultura, o Templo.... Perderam todo o sentido da vida e por isso dependuravam as suas harpas nos salgueiros e permaneciam numa atitude amorfa para com a vida, esquecendo-se da Jerusalém. Quantas vezes somos nós assaltados por esta falta de sentido para a vida? Dependurar as harpas da nossa alegria e do nosso canto é o mais fácil, mas lembremo-nos da promessa da Nova Jerusalém que Jesus prometeu a cada um de nós...

Então???



Bem sei que a minha cruz não pesa tanto quanto à do Verbo Incarnado, o Teu Filho amado, mas pesa... Carrego-a com algum cansaço, e, permite-me dizê-lo, com alguma distância de caminho (se é que me entendes Senhor). Porque existe dor? Sei que ra fácil demais um mundo sem dor, onde tudo era relativo e fácil, pois não foi para isto que nos criaste pois assim não havia liberdade alguma na criação... Mas tens que concordar comigo que muitas das situações pelas quais a humanidade passa (quer situações pessoais ou colectivas) são quase que impostas ou então estão inerentes à própria pessoa sem que ela o tenha pedido. Já olhaste para os muitos que vagueiam pelo mundo sem rumo, sem esperença alguma em nada? Já pensaste em quantos se voltam para Ti e clamam por ajuda, por esperança, por apoio? Depois de tudo isto vem a famosa bola de neve em que uma coisa atrai a outra...Percebes onde quero chegar com esta conversa Senhor? É o meu grito e se assim falo é porque estou minimanente à vontade Contigo, apesar de por vezes Te sentir longe demais como que uma nuvem tenebrosa que me cobre e esconde o Teu rosto de mim.
Olha para tantos de nós que anseamos por um gesto Teu, nada de magnífico, mas qualquer coisa de particular e de pessoal. Faz viver em cada um o gosto de carregar a sua cruz a exemplo daquela força magnífica que entre nós, um dia, carregou na cruz, a cruz de cada homem e mulher em particular até ao calvário... Ensina-nos que é na cruz que está a essência da nossa vida, da Vida nova no Ressuscitado.
Lembra-Te que a força humana em limites e a fragilidade humana é muita...
Olha para cada um de nós em especial e em particular...
Sabes, eu sempre vou tendo alguns Simões de Cirene que me ajudam a carregar o peso da minha cruz, mas outros há que não têm ninguém...
Esta semana lembrei-me muito de um homem grande que Tu encheste do Teu Espírito, sim estou a falar do Irmão Roger. Foi quando fui a Taizé em 2003, quando na noite de Sexta feira Santa fui ter com o Irmão Roger depois da adoração da Cruz e ele impondo as sua mãos na minha cabeça invocou a presença do Espírito Santo e em seguida passou a sua mão trémula pela minha cara e disse-me que eu era muito querido para Ti e que ia ser alguém especial... Fiquei com isto gravado e esta semana lembrei-me e agora só Te queria lembrar disto também...

quinta-feira, junho 29, 2006

GRITO

ONDE ESTÁS MEU DEUS.........

Pentateuco



E cá estou eu a fazer uma pequena pausa do estudo do Pentateuco, o exame é já amanhã...

Mas afinal que é isto que me ocupou um semestre de aulas???

Este nome grego significa "cinco rolos", ou livros, e inclui Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronómio. A autoria do PENTATEUCO, tradicionalmente considerado como Lei de Moisés, foi atribuída a este grande líder do povo hebreu tanto pelo judaísmo como pelo cristianismo antigos. Hoje, sabe-se que nenhum destes livros se pode atribuir a um único autor e menos ainda a Moisés, pois todos tiveram uma história literária complexa.

Segundo alguns estudiosos, o texto actual deste conjunto resultaria de uma história literária anterior, a que chamam "fontes" ou "documentos" conhecidos com o nome de Javista (J), Eloísta (E), Sacerdotal (P) e Deuteronomista (D).

De qualquer modo, o PENTATEUCO não foi escrito de uma só vez nem é obra de um único escritor. Foi escrito a partir de tradições orais e escritas que se foram juntando progressivamente e formando unidades maiores ao longo da história. A junção de todo o material só se deu na época pós-exílica, altura em que se pode falar da redacção final do PENTATEUCO. Certamente que o período à volta do Exílio influenciou a leitura de todo esse património histórico e religioso; mas, as tradições e outros materiais podem ser bastante antigos e manter, na sua forma final, os traços dessa antiguidade.

Para os curisos que queiram saber mais sobre o assunto podem consultar o livro do Padre António Couto (meu professor e um dos maiores Biblistas) "O PENTATEUCO" (Vol. 13) - 2ª Edição da Universidade Católica. Vale a pena e encontra-se em qualquer livraria...

As duas colunas

(Do Renascentista Grão -Vasco)

Pedro e Paulo são considerados as colunas da Igreja porque um representa a Igreja como instituição e o outro representa a missão, o apostolado e a dinâmica evangelizadora da Igreja.


Pedro escolhido por Cristo como alicerce da Igreja. A sua morte foi um testemunho público, pois os romanos, reconhecendo em Pedro o chefe da Igreja, quiseram martirizá-lo assim como fizeram com Jesus.


Paulo, grande apóstolo do Evangelho, convertido pelo próprio Cristo, percorreu o mundo com generosidade e fortaleza, deixando para nós as mais lindas mensagens do novo testamento através das suas cartas, que praticamente são um tesouro inesgotável.


"Simão Pedro, servo e Apóstolo de Jesus Cristo, àqueles a quem coube em sorte, pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, uma fé tão preciosa como a nossa: graça e paz vos sejam concedidas em abundância por meio do conhecimento de Deus e de Jesus, Senhor nosso." (2Ped 1, 1-2)

"Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado a ser Apóstolo, escolhido para anunciar o Evangelho de Deus, que Ele de antemão prometera por meio dos seus profetas, nas santas Escrituras, acerca do seu Filho, nascido da descendência de David segundo a carne, constituído Filho de Deus em poder, segundo o Espírito santificador pela ressurreição de entre os mortos, Jesus Cristo Senhor nosso; por Ele recebemos a graça de sermos Apóstolos, a fim de, em honra do seu nome, levarmos à obediência da fé todos os gentios, 6entre os quais estais também vós, chamados a ser de Cristo Jesus; a todos os amados de Deus que estão em Roma, chamados a ser santos: graça e paz a vós, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!" (Rom 1, 1-7)


Hoje de certa forma lembrámos também o primado de Pedro deixado por Jesus «Tu és Petrus et super hanc petram aedificabo ecclesiam meam.» Estando em comunhão com o Papa, estamos em comunhão com o corpo místico de Jesus Cristo, do qual fazemos parte...

quarta-feira, junho 28, 2006

Pelos frutos irão conhecer

Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Pelos frutos, pois, os conhecereis. (Mt 7, 15-20)
Os falsos profetas dominam a humanidade. Prometem tudo e mais alguma coisa, sem nada possuírem. Qual será o fruto que nos podem dar estes falsos profetas??? O vazio, o nada... Quantos são eles que andam à nossa volta e não os conhecemos pois vestidos de peles de cordeiros... Porém para subirem e serem dominadores e poderosos, quando mais lhes convier, voltam à pele de lobo e esmagam quem já não serve. São eles os doutores da mentira e da aparência que ilude...
Toda a árvore boa dá bom fruto, por isso não nos deixemos enganar pelas árvores más e reconheçamos nos bons frutos a vida daquele que morreu e ressuscitou por nós...
Lancemos ao fogo toda a árvore má....

Vai a onde queres....



Quantas vezes vais olhar para trás
Estas preso a um passado que pesou
Quantas vezes vais ser tu capaz
Fazer sair quem por engano entrou


Abre a tua porta
Não tenhas medo
Tens o mundo inteiro
A espera para entrar
De sorriso no rosto
Talvez o segredo
Alguém te quer falar

Olha em frente e diz-me
Aquilo que vês
Reflexos de quem conheces bem
Ouve essa voz, é a tua voz
Dá-lhe atenção e a razão que tens

Abre a tua porta
Não tenhas medo
Tens o mundo inteiro
A espera para entrar
De sorriso no rosto
Talvez o segredo
Alguém te quer falar

Deixa o mundo girar para o lado que quer
Não podes parar nem tens nada a perder
Estas de passagem,
Não leves a mal se te manda avançar
Talvez seja o sinal que não podes parar
Estas de passagem

Vai aonde queres
Ser quem tu quiseres
Estende a tua mão
De quem vier por bem,

Abre a tua porta
Não tenhas medo
Tens o mundo inteiro
A espera para entrar
De sorriso no rosto
Talvez o segredo
Alguém te quer falar

Deixa o mundo girar para o lado que quer
Não podes parar nem tens nada a perder
Estas de passagem,
Não leves a mal se te manda avançar
Talvez seja o sinal que não podes parar
Estas de passagem…
só de passagem
estou de passagem
para outro lugar

("Deixa o mundo girar", Pólo Norte)

Obrigado P.

terça-feira, junho 27, 2006

Ausência

A ausência de ti fere,
doi e magoa.
Procuro por ti na noite
perdeste-te nas tuas ilusões,
liberdades, sonhos.
Que queres para ti?
Perder-te no mundo fácil?
Entrega-te aos predadores famintos
corpos perdidos, despidos de nada.

E eu aqui perdendo o meu olhar
num horizonte longínquo, intemporal.
À espera de alcançar o impossivél,
a vontade de ser alguém,
um ser, um suspiro, uma recordação.

As ondas agitam-se,
o céu toma tons negros de cinza.
Ao longe as trovoadas iluminam a noite.
Cai uma gota e mais outra,
enterram na terra fecunda
as minhas lágrimas,
o ser,
suspiro,
lágrimas....

(Nuno M. 27/06/2006)

domingo, junho 25, 2006

Tal como eu...



Naquele dia, ao cair da tarde,
Jesus disse aos seus discípulos:
«Passemos à outra margem do lago».
Eles deixaram a multidão
e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado.
Iam com Ele outras embarcações.
Levantou-se então uma grande tormenta
e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água.
Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada.
Eles acordaram-n’O e disseram:
«Mestre, não Te importas que pereçamos?»
Jesus levantou-Se,
falou ao vento imperiosamente e disse ao mar:
«Cala-te e está quieto».
O vento cessou e fez-se grande bonança.
Depois disse aos discípulos:
«Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?»
Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros:
«Quem é este homem,
que até o vento e o mar Lhe obedecem?»
(Marcos 4,35-41)



Situar o barco com Jesus e os discípulos “no mar”, é colocá-los num ambiente hostil, adverso, perigoso, caótico, rodeados pelas forças que lutam contra Deus e contra a felicidade do homem. Por outro lado, a “noite” é o tempo das trevas, da falta de luz; aparece como elemento ligado com o medo, com o desânimo, com a falta de perspectivas. O “mar” e a “noite” definem uma realidade de dificuldade, de hostilidade, de incompreensão.

Durante a travessia, Jesus “dorme”. O “sono” de Jesus durante a viagem refere-se, possivelmente, à sua aparente ausência ao longo da “viagem” que a comunidade cristã faz pela história. Com frequência os discípulos, ocupados em dirigir o “barco”, têm a sensação de que estão sós, abandonados à sua sorte e que Jesus não está com eles a enfrentar as vicissitudes da viagem. Na verdade, Jesus está com eles no “barco”; Ele prometeu ficar com eles “até ao fim do mundo”.

A “tempestade” refere-se a todos os momentos de crise, de perseguição, de hostilidade que os discípulos terão de enfrentar ao longo do seu caminho histórico, até ao fim dos tempos.

Jesus, despertado pelos discípulos, acalma a fúria do mar e do vento, com a sua Palavra imperiosa e dominadora. Na teologia judaica, só Deus era capaz de dominar o mar e as forças hostis que se albergavam no mar. Jesus aparece assim, como o Deus que acompanha a difícil caminhada dos discípulos pelo mundo e que cuida deles no meio das dificuldades e da hostilidade do mundo.

À interpelação de Jesus aos seus discípulos "porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?", pensei em cada um de nós, em mim, em como nós somos tão fragéis e quando uma tempestade nos assalta o espírito, nós também declinamos e perguntamos onde está este Deus... Mas logo de seguida lembrei-me de um texto do livro X das Confissões de Santo Agostinho em que ele diz: "Tarde eu Te amei, Beleza tão antiga e tão nova! Tarde eu Te amei... Tu estavas dentro de mim, e eu Te procurava fora, onde me precipitava sobre as belas coisas da terra, tuas obras. Tu estavas comigo, e eu não estava contigo, mantido longe de Ti por aquelas criaturas, que, se não estivessem contigo, não existiriam. Tu estavas dentro de mim, e eu estava fora. Tu chamaste, gritaste e rompeste a minha surdez."

sábado, junho 24, 2006

Santos populares II...

Sendo João o Baptista o profeta da austeridade, chega a ser caricato a austeridade com que, nomeadamente as gentes do Porto, celebram e vivem as festas Joaninas...

Os Santos são celebrados pela sua nova vida em Cristo, mas João Baptista é o único que é celebrado na data do seu nascimento. João Baptista nasceu de uma mãe estéril, seguramente coincidiu no tempo com Jesus, nasceu algum tempo antes e começou a sua vida pública também antes. Era de origem sacerdotal (Lc 1), embora nunca tenha exercido as suas funções, e supõe-se que mostrou oposição ao comportamento do sacerdócio oficial, quer pela sua conduta e quer pela sua permanência longe do Templo. Passou algum tempo no deserto da Judeia (Lc 1, 80), mas não parece que tenha tido uma relação com o grupo de Qumran, uma vez que não se mostra tão radical no cumprimento das normas legais (halakhot). Alimentava-se de mel e gafanhotos e usava peles de camelo como vestes. Morreu condenado por Herodes Antipas. Jesus, por seu lado, passou a sua primeira infância na Galileia e foi baptizado por ele no Jordão. Soube da morte do Baptista e sempre louvou a sua figura, a sua mensagem e a sua missão profética.
A sua mensagem era de penitência, escatológica e messiânica: exortava à conversão e ensinava que o juízo de Deus está iminente: virá quem é “mais forte que eu” que baptizará no Espírito Santo e no fogo.

Porém, qual não é o portuense que não sai à rua com seu alho porro, martelinho ou erva cidreira??? Qual não é o portuense que deixa de comer a sua sardinha assada i outras iguarias que tais??? Qual não é o portuense que tem orgulho no seu S. João rapioqueiro??? Olha um balão na noite de S. João...O céu iluminado com pequenas estrelas de papel que levam os nossos sonhos e os nossos anseios, alguns saem queimados, mas nem tudo na vida poder ter cheiro a manjerico...
(Tiradas por Nuno M.)



Na nossa paróquia o grupo de Jovens Nahar fez a festa e assim passámos o S. João, num clima salutar de amizade uns com os outros e com o Padre A. Balões não faltaram, bem como música popular e da boa...sardinha, entrecosto e bifanas (modéstia à parte, estavam de comer e chorar por mais...)

sexta-feira, junho 23, 2006

Um coração trespassado


É pelo teu coração que bate o meu coração,
é no teu coração que bate o meu coração...
Anseio viver em Ti e para isso estou
à tua disposição.
Toma-me como sou e molda-me no Teu amor.
Um coração aberto por uma lança,
um coração que amou até ao último grito humano na cruz.
Dele brotou sangue e água para assim alimentar
a Igreja com os sinais...
Um coração grande como o Teu
o mundo precisa,
um coração capaz de amar nas alegrias e tristezas,
nas dores e nos sofrimentos de cada dia.
Um coração forte que não se deixe abater.
Um coração grande para amar
e forte para lutar.

(Nuno Monteiro 23/06/2006)

segunda-feira, junho 19, 2006

O devir das nossas histórias

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair no meio do vão. Depois de um tempo aprendes que o sol queima se ficar exposto muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam... e aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te e tu tens de perdoá-la por isso! Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que Tu podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distancia. Aprendes que o que importa não é o que tens na vida, mas o que TU és na vida! E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não tens que mudar de amigos se compreenderes que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e TU podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com que mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a ultima vez que a vemos. Aprendes que as circunstancias e os ambientes têm influência sobre nós próprios. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser. Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegaste, mas onde vais, mas se tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprendes que heróis são aqueles que sempre fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é umas das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar, mas isso não te dá o direito de seres cruel! Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que essa pessoa não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti mesmo! Aprendes com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o concertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte! E que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais... e que realmente a nossa vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."


Este texto é atribuído a William Shakespeare...

sábado, junho 17, 2006

Uma semente

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«O reino de Deus é como um homem
que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia,
enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga,
por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo mete a foice,
porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus?
Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer
e torna-se a maior de todas as plantas da horta,
estendendo de tal forma os seus ramos
que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus
com muitas parábolas como estas,
conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas;
mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.

(Tirada por Nuno M.)

Olha, uma pequena e insifnificante semente no meio do mundo.Tão fechada, tão frágil, tão dentro de si. Terá medo de espreitar e enfrentar o mundo?
Não temas pequena semente, levanta-te, deixa-te guiar pelo Sol verdadeiro das nossas vidas, ergue as tuas folhas para o alto e enche-te de um novo vigor. Não permaneças aí debaixo da terra escura e fria. Vem ao encontro da luz do dia e da vida. Atende à chamado à vida. Vive e farás viver, levanta os braços e vai furando e saindo desse subsolo em que te encontras para encontrares outros braços de outras sementes já germinadas. Tu és forte

Vale apena parar...

PERGUNTARAM AO DALAI LAMA: "O que mais o impressiona na humanidade?"

OS HOMENS - Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver o presente nem o futuro, e vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido!"

«Sai e permanece no monte à espera do Senhor»

Ontem ao fim da tarde fui à Eucaristia e como sempre Aquele que sempre nos é fiel, nos ama e está ao nosso lado, quis-me falar e dizer alguma coisa com a leitura do livro dos Reis dessa Eucaristia...


Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias,
o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb,
e passou a noite numa gruta.
O Senhor dirigiu-lhe a palavra, dizendo:
«Sai e permanece no monte à espera do Senhor».
Então, o Senhor passou.
Diante d’Ele, uma forte rajada de vento
fendia as montanhas e quebrava os rochedos;
mas o Senhor não estava no vento.
Depois do vento, sentiu-se um terramoto;
mas o Senhor não estava no terramoto.
Depois do terramoto, acendeu-se um fogo;
mas o Senhor não estava no fogo.
Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira brisa.
Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto,
saiu e ficou à entrada da gruta.
Ouviu então uma voz que lhe dizia:
«Que fazes tu aqui, Elias?».
Ele respondeu:
«Ardo em zelo por Vós, Senhor, Deus do Universo,
porque os filhos de Israel abandonaram a vossa aliança,
derrubaram os vossos altares
e mataram à espada os vossos profetas.
Fiquei eu só, mas procuram tirar-me a vida».
Disse-lhe o Senhor:
«Vai pelo caminho do deserto e regressa a Damasco.
Chegando lá, ungirás Hazael como rei de Aram;
depois, Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel;
e Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meola,
como profeta em teu lugar».
(1 Reis 19, 9a.11-16)


Ele falou-me, disse-me para eu sair da gruta, do mundo que criei, da noite escura e sair para o mundo, deixar o homem velho e tornar-me o homem novo. Olhar à volta que sempre O encontrarei onde quer que vá e esteja.
Ele passa pela nossa vida com a força de uma rajada de vento, de um terramoto, como o calor ardente de um fogo que arde e consome mas não queima, porém é na brisa que ouvimos a Sua voz a passar por nós e a sussurrar ao ouvido, como quem beija, "Nuno que fazes aqui"? e eu respondi "Estou aqui porque te amo mas não sei viver...porque quero servir-Te mas não tenho capacidades, porque quero sempre ser-Te fiel mas Tu conheces-me, Tu sabes tudo Senhor...Tu sabes o quanto te amo..."

sexta-feira, junho 16, 2006

Estou no silêncio

"Quero que saibas que cada vez que me convidas, eu venho sempre, sem falta. Venho em silêncio e de forma invisível, mas com um poder e um amor que não acabam.
Não há nada na tua vida que não tenha importância para mim. Sei o que existe no teu coração, conheço a tua solidão e todas as tuas feridas, as tuas rejeições e humilhações. Eu suportei tudo isto por causa de ti, para que pudesses partilhar a minha força e a minha vitória. Conheço, sobretudo, a tua necessidade de amor.
Nunca duvides da minha misericórdia, do meu desejo de te perdoar, do meu desejo de te bendizer e viver a minha vida em ti, e que te aceito sem me importar com o que tenhas feito. Se te sentes com pouco valor aos olhos do mundo, não importa.
Não há ninguém que me interesse mais no mundo do que tu.
Confia em mim. Pede-me todos os dias que entre e que me encarregue da tua vida e eu o farei. A única coisa que te peço é que confies plenamente em mim. Eu farei o resto.
Tudo o que procuraste fora de mim só te deixou ainda mais vazio. Portanto, não te prendas às coisas passageiras. Mas, sobretudo, não te afastes de mim quando caíres. Vem a mim sem demora, porque quando me dás os teus pecados, dás-me a alegria de ser o teu Salvador. Não há nada que eu não possa perdoar.
Não importa o quanto tenhas andado sem rumo, não importa quantas vezes te esqueceste de mim, não importa quantas cruzes levas na tua vida.
Tu já experimentaste muitas coisas, no teu desejo de seres feliz. Porque é que não experimentas abrir-me o teu coração, agora mesmo, mais do que antes?”
[Madre Teresa de Calcutá]

quinta-feira, junho 15, 2006

É Ele que habita em mim

Uma custódia viva,
Sim é isso, meu Deus,
Quero ser uma custódia viva
Para que a Tua presença possa ser
Testemunhada sempre e sempre,
Por onde quer que eu vá.
Possa eu deambular, peregrinando,
Errante pelo mundo e mesmo assim ser
Um pequenino sinal da Tua presença,
Um pedaço de Ti…

Não sou capaz…
Tu conheces-me e sabes que não sou capaz.
Caio…
Um abismo quente magoa, arde, consome…
Uma angustia que dilacera;
Um eterno retornar
Ao principio sem fim,
No devir da historia
Que escrevo todos os dias.

O Teu infinito amor acolhe-me
Sempre e sempre sem nunca me condenar.
Venho a Ti de coração humilde
Aqui estou eu prostrado a Teus pés.
O meu tempo é Teu
A minha história é Tua.
Tu chamaste-me pelo nome
E eu sou Teu.

Tu és e sempre foste fiel a cada um de nós,
Escolheste-nos e nunca nos deixaste
No atravessar dos tempos.
Quantas vezes eu Te nego alguma coisa?
Tu sabes e conheces o meu interior
E tudo o que sinto e quero.
Sê o oleiro e eu o barro.
Molda-me à Tua medida.
Eis-me aqui Senhor.

(Nuno Monteiro 15/06/2006)

quarta-feira, junho 14, 2006

Pange Lingua

Este hino é lindissimo e é a ele que devo o pouco que percebo de latim lol, pois foi a traduzi-lo que tirei as minhas dúvidas de latim com um grupo de amigos.
Também tem tudo haver com este dia pois canta o corpo de Cristo que se fez carne por nós e por nós quis ficar num pedaço de pão para ser o nosso alimento espiritual

Pange lingua gloriosi
Corporis mysterium,
Sanguinisque pretiosi,
Quem in mundi pretium
Fructus ventris generosi,
Rex effudit gentium.

Nobis datus, nobis natus
Ex intacta Virgine
Et in mundo conversatus,
Sparso verbi semine,
Sui moras incolatus
Miro clausit ordine.

In supremae nocte cenae
Recum bens cum fratribus,
Observata lege plene
Cibis in legalibus,
Cibum turbae duodenae
Se dat suis manibus

Verbum caro, panem verum
Verbo carnem efficit:
Fitque sanguis Christi merum,
Et si sensus deficit,
Ad firmandum cor sincerum
Sola fides sufficit.

Tantum ergo Sacramentum
Veneremur cernui:
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui:
Praestet fides supplementum
Sensuum defectui.

Genitori, Genitoque
Laus et iubilatio,
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Compar sit laudatio.

Amen.

(São Tomás de Aquino)

Corpus Christi


(tirada por Nuno M.)



"Oh verdadeiro Corpo do Senhor, nascido para
nós da Virgem pura"
A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como "Corpo de Deus", começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade belga de Liège, tendo sido alargada à Igreja universal pelo Papa Urbano IV através da bula "Transiturus", em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.

Teria chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de Festa de Corpo de Deus, embora o mistério e a festa da Eucaristia seja o Corpo de Cristo. Esta exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60° dia após a Páscoa e forçosamente uma Quinta-feira, fazendo assim a união íntima com a Última Ceia de Quinta-feira Santa.

Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo Papa João XXII, respectivamente. Nos primeiros séculos, a Eucaristia era adorada publicamente, mas só durante o tempo da missa e da comunhão. A conservação da hóstia consagrada fora prevista, originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes.

Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração. No século XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração. No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se fora da missa e aumenta a afluência popular à procissão do Santíssimo Sacramento. A procissão do Corpo e Sangue de Cristo é, neste contexto, a última da série, mas com o passar dos anos tornou-se a mais importante.

Do desejo primitivo de "ver a hóstia" passou-se para uma festa da realeza de Cristo, na "Chirstianitas" medieval, em que a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens.
A "comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa" (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo. Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tendo desaparecido a festa litúrgica do "Preciosíssimo Sangue", a 1 de Julho.
A
procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que "onde, a juízo do Bispo diocesano, for possível, para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo" (cân 944, §1).

terça-feira, junho 13, 2006

Exames/chuva lol



Olha agora sim, em tempo de exames esta chuva é que é justo...Assim não faço nenhum desvio até à praia e mantenho-me por casa em pijama no marranço. Ja vomito filosofia...
Perdoem-me aqueles que estavam à espera de sol por já estarema gozar as férias merecidas;
Perdoem-me aqueles que por necessidades fortes têm que sair à rua no meio destas intempéries...

Santos populares I...




Santos populares e rapioqueiros??? Pois pois...Felizes sim, pois contemplam Deus face a face.
Com Santo António abriu a época oficial de festejos aos Santos populares...
Quem é este António que hoje celebrámos? Será que faz jus à fama que lhe dão? Vamos conhecê-lo então:
Santo António (1190-1231)
Doutor da Igreja, glória da ordem franciscana e uma das grandes figuras da historia do catolicismo na idade média, como doutrinador e pregador. Nascido em Lisboa, iniciou muito novo a sua vida religiosa entre os cónegos regrantes de S. Vicente de Fora e depois, em Santa cruz de Coimbra, onde adquiriu a maior parte da sua excepcional formação. Em 1220, admitido na ordem Franciscana, partiu como missionário para Marrocos. Forçado a regressar devido a doença, o navio que o reconduzia a Lisboa foi desviado da rota por uma tempestade e levou para Itália, onde S. Francisco de Assis o incumbio de ensinar teologia e pregar fé nas áreas atingidas pela heresia albigense.
Assim se iniciou uma actividade apostólica de enorme amplitude, em que Santo António, além de ensinar nas escolas de Bolonha, de Tolosa e de Mompinher , foi incansável na pregação e no combate é heresia. Em 1226, o seu prestígio de teólogo e de orador fizeram dele o responsável pelo o governo da Ordem Franciscana na Lombardia. Morreu em Pádua onde mais tarde se ergueria em sua honra uma monumental basílica e ainda não passar um ano sobre a sua morte quando o papa Gregório IX o canonizou. Em 1946, o papa Pio XII Proclamou-o Doutor da Igreja.
O seu culto, estimulado pela fama de inúmeros milagres, depressa se universalizou. Embora quase sempre com o nome de santo ANTÓNIO de Pádua, motivado pela a cidade em que morreu e em que ficou sepultado, santo António de Lisboa, nascido Fernando de Bulhões, é ainda sem dúvida a maior presença portuguesa no Mundo, considerado os milhões de crentes que o veneram em todas as comunidades católicas. Em portugal, ao culto litúrgico juntou-se um vivo culto popular sobretudo da fama dos milagres, mas que é uma constante da religiosidade nacional.Conhece-se e está publicada parte apreciável da sua obra literária.

domingo, junho 11, 2006

Cansado mas reconfortado













Ontem dia de Portugal, logo pela manhã, alguns jovens de Vilar de Andorinho (dos grupos de Jovens Nahar, Betel, MY e Coro Jovem) partiram de comboi para Santo Tirso para uma caminhada que se adivinhava um grande passo de inter comunicação e entre ajuda entre estes grupos da paróquia. O mote foi lançado pela casa da Juventude, mas foi a união dos grupos da nossa paróquia que trabalharam e prepararam a caminhada.
Cansado pois a subida do monte não foi muito fácil, eram 7,8km e a subir. Alguns óasis pelo caminho foram-nos oferecidos para descansar e meditar na Palavra de Deus, pegando em figuras biblicas que foram chamadas por Deus a tmar parte no Seu projeco de Salvação para com a humanidade.
Depois de já estarmos no monte, veio o momento por que todos esperávamos - o almoço...
Depois do almoço deu para partilhar conversas, descansar os músculos e terminarmos o nosso encontro com uma celebração eucarística presidida Pelo Padre Albino, em que à volta do altar em que Jesus se fez presente, nós estreitamos os nossos laços tendo sempre presente a única verdade e caminho a seguir.
A volta foi dificil porque descer um monte também é complicado dado que as nossas pernas não têm tracção às quatro rodas... Mas só de pensar nos jesuítas e num suminho fresco que esperavam por nós na vila, já nos animava a continuar a caminhar...
A viagem de comboio foi mais camla, estava tudo cansado mas reconfortado e feliz...

Santíssima Trindade



Em Deus há uma só natureza e por consequência uma única actividade de conhecimento e de vontade. Mas há três sujeitos deste única actividade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo exercem os três esta actividade apropriando-se dela cada um à sua maneira. Há uma única consciência divina que pertence ao Pai como consciência paterna, ao Filho como consciência filial e ao Espírito Santo como consciência recebida do Pai e do Filho.

Deus é um "complexo relacional" de três pessoas distintas pessoais, ou seja, o Deus único possui a própria essência na relação vital de três Pessoas.

"Deus é aquela comunhão na qual as três Pessoas divinas realizam numa mútua relação dialógicamde amor a única vida divina como mútua auto-comunicação."


Somos baptizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Toda a nossa fé assenta na relação com Deus, Jesus e o Espírito Santo. Acreditámos num só Deus, mas a sua vida íntima é tão rica que é constituída por três Pessoas distintas entre si. A Santíssima Trindade, mistério essencial da fé cristã. Deus vem ao nosso encontro e manifesta-se como Senhor, cheio de bondade e misericórdia, fiel, rico em graça e fidelidade. Manifesta o Seu amor sem limites pelo mundo no dom do Seu Filho único, derrama sobre todos a Sua graça em Cristo e chama à comunhão com o Espírito Santo. A Trindade é um mistério para todos nós, que supera a compreensão humana. É nesta comunhão de Deus em Jesus e no Espírito Santo, Comunidade de Amor, que nós cristãos acreditámos. Comunidade de amor que ama e gera o amor derramado por Deus no coração de cada Homem. Como cristãos temos que experimentar a caridade, o amor para com os outros, é este o estilo de vida cristão.
Vive-se a Trindade vivendo o amor verdadeiro, mas especialmente nas suas características de relação, partilha, comunhão material e espiritual. Assim como Jesus nos revela o Pai e nos envia o Espírito Santo, também nós devemos ser com Cristo, pela acção do Espírito Santo, num movimento constante de projecção para o Pai.

sexta-feira, junho 09, 2006

Palavras...

As palavras tornaram-se estéreis
saindo da existência,
perdendo-se o tempo
um tempo que atravessa uma existência
uma existência atravessada pela essência,
puro acto de existir.
Um jogo de palavras
num tempo vazio,
vazio de mim
vazio de tudo,
cheio de tudo,
cheio de nada.
São elas mais que o olhar,
o espelho da alma,
elas exprimem o que o silêncio cala e diz.
O Silêncio,
uma ausência de ti...

segunda-feira, junho 05, 2006

Do Criador

Recebi com um beijo de Deus,
alento e vida.
Beijo puro no meu rosto
que fez nascer o desejo da minha relação
intima com Deus.
Um gesto de modelagem
com minúsculos grãos de pó;
uma atitude criadora
com o hálito do Criador transmitido
à criatura

(Nuno Monteiro 5/6/2006)

domingo, junho 04, 2006

Tarde de Pentecostes




Numa tarde de Pentecostes, o Espírito Santo acompanhou-nos num passeio/trabalho a Santo Tirso, ao Monte da Assunção. Depois de descer o monte, parámos no Mosteiro de São Bento. Aí fomos surpreendidos por um calor forte e abrasador e uma luz tenue e divina, de um por do sol que espreitava pelos vitrais da Igreja do Mosteiro...era a presença do Espírito de Deus. Sim o Espírito desce sobre todos aqueles que abrem o coração e o deixam actuar. Por vezes somos tão egoistas ou então só vemos o que queremos e não deixamos que o fogo animador de Deus nos trasforme e invada todo o nosso ser. Deixemo-nos transformar então para que Ele actue em nós e por nós...
Depois desta cena extasial, (palavra inventada por mim) acabamos a tarde a comer uns Jesuítas (entenda-se jesuíta como doce não a Companhia fundada por Inacio de Loyola)

sábado, junho 03, 2006

Pequenos apontamentos

Na angústia, preciso de te ouvir, preciso que me estendas a mão. E nunca mais nunca mais. Espeta-se-me no peito nunca mais te poder ouvir ver tocar. Eras um pouco de mim. Ficou o teu sorriso no que não esqueço, ficaste em mim.
Sou forte nesta terra dos meus pés. O tempo será de novo, e também a vida. Sem ti e sempre contigo.
Anoitece a estrada no que sobra da manhã...

Novo Pentecostes

Era o quinquagésimo (em grego: pentikosti) dia após a Páscoa judaica, mas também o quinquagésimo dia após a Ressurreição de Cristo. Era o dia em que os judeus comemoravam com uma grande festa a entrega das tábuas da Lei a Moisés sobre o monte Sinai; assim, Jerusalém estava repleta de estrangeiros, judeus vindos de todas as partes do mundo então conhecido - eram chamados a “Diáspora” - para celebrar a festa. Alguns dias antes, os discípulos “reunidos em número de cerca de cento e vinte pessoas” à volta dos Apóstolos e da Mãe de Jesus haviam procedido, conforme a proposta de Pedro, à substituição de Judas com a escolha de um décimo segundo apóstolo: foram indicados dois discípulos - José, o Justo e Mathias - que haviam acompanhado os apóstolos desde o batismo de João até o dia da Ascensão e que podiam, portanto, ser testemunhas de Sua Ressurreição; após terem orado, a fim de que o Senhor “mostrasse qual dos dois havia de ser escolhido”, tiraram a sorte e esta apontou a Mathias.Esses discípulos aguardavam em Jerusalém, como Jesus lhes havia instruído, a vinda desse “outro Consolador” que o Mestre lhes prometera antes de Sua Ascensão. Espera repleta de uma esperança radiosa. Eles iriam enfim conhecer Aquele de quem Jesus havia dito:
“Convém a vós que eu vá; porque se eu não for o Consolador não virá a vós, mas se eu for envia-lo-ei” (Jo.16, 7).
Já que Jesus havia partido, já que agora Ele estava sentado à direita do Pai (Mar.16, 19), Ele guardaria a Sua promessa.E portanto, no dia em que Moisés lhes dera a Lei, Jesus vem lhes dar o Espírito, pois “a Lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo". (Jo.1,17)




"Quando chegou o dia do Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar. De repente, ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde eles se encontravam.
Viram então aparecer umas línguas, à maneira de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem.
Ora, residiam em Jerusalém judeus piedosos provenientes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou estupefacta, pois cada um os ouvia falar na sua própria língua.
Atónitos e maravilhados, diziam: «Mas esses que estão a falar não são todos galileus? Que se passa, então, para que cada um de nós os oiça falar na nossa língua materna? Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar, nas nossas línguas, as maravilhas de Deus!»
Estavam todos assombrados e, sem saber o que pensar, diziam uns aos outros: «Que significa isto?» Outros, por sua vez, diziam, troçando: «Estão cheios de vinho doce.» " (Act 2,1-13)





Uma brisa quente
brinca entre nós
pousando aqui e além.
Um fogo que abrasa,
consome,
arde
o nosso coração.
Um sopro que dá vida, fortalece
e anima todo o nosso ser.
Uma sombra que nos cobre
com o voo suave que passa sobre nós.
Continuas a vir alimentar o que é Teu.
Continuas a animar os membros do Teu
Corpo Místico.
Um vento correu pelo mundo, acendeu-se um fogo;
depois do fogo, um murmúrio ouviu-se de uma leve brisa:
"Eu continuo convosco apesar da minha aparente distância".
(Nuno Monteiro 03/06/2006)