Jogo de Palavras

"No principio era o logos..."

sábado, dezembro 31, 2005

E mais Vila d' Este


Não posso deixar de mostrar a minha indignação quando a comunicação social em jeito de abutres que são, desejosos de alimentarem aqueles quadrados que dão só lixo em movimento a toda a hora (as televisões) ou então aquelas folhas de jornal áspero e que só dá palha aos leitores, quando falam de uma comunidade com os seus problemas como todas as comunidades grandes e com grandes diferenças étnicas que têm. Sim, estou a falar da Vila d' Este, uma Urbanização situada na freguesia de Vilar de Andorinho. Leram bem sim, eu disse URBANIZAÇÃO... não é um erro meu. Vila d' Este para o Luís Filipe Menezes pode ser um local em que se atira o "lixo"social de Gaia, mas para quem está em Vilar de Andorinho Vila d' Este é uma comunidade em expansão, diferente das outras e que deve ser tida como um agrupamento de familias com problemas e sendo assim deve ser vista como o local de acolhimento de pessoas. Agora mais que nunca se fala de direitos humanos, mas algém se importa minimamente em estar ao lado daquela gente? Só quando acontece uma tragédia é que se fala? É que os políticos vêm á televisão falar de situações, de casos e até mesmo de lugares que para eles eram desconhecidos? É muito bonito realmente, mas é só para inglês ver... Vila d' Este precisa de ajuda, de acção e não de promessas e de apertos de mão e cortar fitas... Alguns dos nossos políticos só foram á Vila d' Este cortar fitas de ginásios, piscinas, e para caçar votos nestas últimas eleições autárquicas, mas isso não basta. Vamos deixar de usar Vila d'Este para eses fins e vamos arregaçar mangas e HUMANIZAR aquela comunidade.
Deixei-me guiar pela indignação e pela emoção por isso não sei se faz sentido algumas afirmações que fiz, mas vão mesmo assim para o caso de alguém com poderes nesta matéria pensar, meditar e trabalhar... Estamos q falar de humanos e não de animais. Na revista "Sabado" desta semana um jornalista chama a Vila d' Este uma "Selva de betão"...realmente tenho pena desse jornalista pois ele não é humano para chamar isto a um local de homens e mulheres, de familias, de crianças e velhinhos que só querem ser amados e queridos pela sociedade. Penso que é só isto que eles pedem e precisam mais que tudo. Vale a pena pensar nisto...

2005/2006


Pois é, esta é a última madrugada deste ano e aqui estou eu para desejar a todos um Ano de 2006 cheio de coisas boas e que tudo que façamos seja para construirmos um pouco de paz á nossa volta. É tempo de fazer balanços mas eu não o faço, apenas digo que ás coisas más vão ser esquecidas para nunca mais nos assaltar ao longo do próximo ano que vai entrar agora.
A ONU proclamou o primeiro dia de cada ano que passa como o Dia Mundial da Paz. Que este dia seja então o reflexo de todos os dias do ano na nossa maneira de ser e estar mas nunca nos esquecendo que como humanos que somos errámos e caímos e disso não temos que ter vergonha nem medo pois é a nossa natureza. Os pasos para a paz são como passos de criança, por isso, não queirámos logo dar grandes passos.
O dia 1 de Janeiro é também dedicado á Mãe de Deus, Maria, aquela jovem que soube dizer sim ao projecto que Deus tinha reservado para Ela. Que Maria seja então a caminho para a Luz que nos leva por caminhos de paz.
Bom Ano de 2006 :)

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Alguns nomes

Porque o nome faz parte da essência de cada um de nós e assim nos identificámos aqui vai o significado de alguns nomes:
Nuno - hebraico: Nun (peixe) ou latim: nunnus (avô)."Aquele que educa uma criança": este é o significado de Nuno.
Ana Raquel - Ana,tem origem hebraica e quer dizer “graciosa”. O nome é secular e comum em quase todos os países ocidentais. As Anas são dedicadas e ambiciosas. Raquel, vem do hebraico Rachel (mansa como ovelha).
Pedro - latim: Petrus (rocha ou pedra). É uma pessoa simples mas que segue mais a razão do que o coração. Ele destaca-se pela determinação com que luta pelos seus objetivos. É uma pessoa gentil e sensível apesar de nem sempre o demostrar. Tende a monopolizar as atenções
Hermínia - Vem do grego Hermione (do mundo, da terra).
Manuel - Vem de Emanuel, nome de origem hebraica que significa "Deus está entre nós". Manuel é a pessoa indicada para viver em sociedade e para comunicar com os outros.
Maria - Vem do hebraico Miriam e quer dizer senhora e soberana. As Marias são meigas e dedicadas. A teimosia é o seu único defeito.
Margarida - Vem do latim e significa pérola. Em geral, a pessoa que tem este nome é especial e apresenta com frequência qualidades pouco correntes: compreensão, doçura e preocupação com os demais.
Cristina - Cristina tem origem grega e é uma forma derivada do nome Cristo. Significa escolhida por Deus e indica uma pessoa positiva, optimista, organizada e com grande capacidade de liderança.
João Marcos - Significa agraciado por Deus e indica uma pessoa com forte espírito de liderança. Impulsivo, às vezes é mal interpretado, mas seus actos visam sempre o benefício da maioria. Marco, Marcos, Marcus: Significa protegido por Marte, o deus da guerra. É impulsivo e exprime sem timidez suas opiniões. Seu grande otimismo o leva a dirigir suas habilidades apenas para fins positivos.
Paulo - Do latim Paulus, significa pequeno e indica uma pessoa com muita disposição e um optimismo contagiante. Encara cada dia como um novo degrau para obter o desenvolvimento material e social. Dono de uma ambição inata, planeia cuidadosamente os passos da sua caminhada para o sucesso.
Jorge - Significa ‘agricultor’ e indica um homem determinado e seguro de si. Pode ser um pouco arrogante e impetuoso, mas respeita sempre os limites das pessoas à sua volta.
Susana - De origem hebraica, significa pura como um lírio. Representa a união entre a destreza e a habilidade. É própria de pessoas intuitivas e muito capacitadas, que dominam bem as situações.
Marta - Em aramaico, significa dona de casa. Tem tendência a mostrar calma nos momentos mais difíceis da vida. Preocupa-se em estabelecer boas relações com seus vizinhos e conhecidos
Joana - Vem do do português arcaico Iohana. Indica uma pessoa que só amadurece depois de muito lutar pelo equilíbrio entre a razão e o coração. Chega a ser vista como alguém que nao sabe o que quer, mas quando se decide entra de corpo e alma na conquista dos seus ideais. É excêntrica e original.
Carlos - Significa ‘homem’ e indica uma pessoa que nunca deixa uma oportunidade passar em branco por estar desatento ou por ter medo de riscos.
Ricardo - É um nome de origem germânica e significa senhor poderoso. Indica um homem prático e decidido, que todos procuram quando precisam de orientação. Equilibrado e seguro não se intimida quando precisa de lidar com pessoas cuja opinião diverge da sua.
Duarte - A pessoa com este nome tem uma imaginação e inspiração invulgares e uma personalidade de artista que lhe pode permitir alcançar o sucesso.
Isabel - Nome de origem hebraica e significa a casta. Deriva de Elisabete. As pessoas com este nome regem-se pelo clássico lema "promessa é dívida" e respeitam escrupulosamente as decisões dos outros. Compreensiva e com grande espírito de ajuda, Isabel é alegre e sociável. É uma mulher forte e orgulhosa.
Francisco - Este nome deriva do latim Franciscus (‘homem livre’). As pessoas com este nome são seres de uma grande racionalidade e disciplina. Gostam de observar a realidade e só depois tomam atitudes.
Helena - Significa ‘tocha, luz’ e vem do grego. Indica uma pessoa que parece estar sempre a olhar para dentro de si em busca da sua verdadeira personalidade. Sabe tirar proveito dessa tendência, que lhe permite analisar bem todas as questões antes de tomar uma decisão irreversível.
Sérgio - Sérgio vem do latim "Sergius" e é um nome de família romana. Significa escravo e servo. Sérgio é aquele que cuida, protege e procura o acordo e a afinidade. É amável e cordial por natureza. Funciona como pólo de equilíbrio na sua relação com os outros, promovendo a cooperação e a harmonia.
Luís - Significa combatente glorioso e indica uma pessoa criativa e inteligente, que tem coragem e desprendimento suficientes para enfrentar qualquer tipo de empreitada. Pode tomar-se um grande empresário ou um executivo de sucesso.
António - Vem do latim: Antonius (inestimável, que não tem preço). Significa o que está na vanguarda e indica uma pessoa de força interior e fé inabalável nos seus próprios ideais. Isto permite-lhe estar sempre à frente, abrindo caminhos que geralmente levam a resultados positivos para todos.
Podem pensar, para quê este tipo se deu ao trabalho de pesquisar isto? Pois bem a explicação está em cima e também porque já tou farto de Cícero e latim e então decidi fazer isto pois também não tava com paciência para ler um livro.

Um por do sol de Inverno (praias de Gaia)

Tirada por Nuno Monteiro

ήλιος (Helios) na mitologia Grega era um jovem que no inicío de cada dia subia do oceano para o céu numa carruagem puxada por quatro cavalos (Pyrois, Eos, Aethon e Phlegon). O seu percurso era sempre de leste para oeste. Helios era o deus que tudo vê e tudo sabe. A reverência ao sol como um deus veio da Ásia para a Grécia.O Faraó egípcio Akhenatom, aboliu todos os deuses do Egito, criando o culto a um único deus, o Sol. Se olharmos em outras culturas até mais recentes como os astecas e os nossos índios, veremos sempre presente este temor e reverência ao Sol.
O Sol sempre teve esta influência no nosso planeta pois é ele que marca o ritmo vital do planeta terra. Pode-se até dizer que tudo gira á volta do Sol. A repetição das estações do ano, as fases da Lua, o dia e a noite, são algumas das inúmeras consequências notadas pelo homem durante o transcorrer dos séculos, como um sinal da influência do Sol no nosso planeta. Esta periodicidade na repetição dos fenômenos fez surgir o calendário e o relógio de Sol, como formas de orientar as atividades do ser humano. A organização da agricultura, seguindo o ritmo das estações do ano deu surgimento ao que os historiadores chamam de revolução agrícola, ainda nos primordios da nossa civilização. Hoje temos um melhor conhecimento dos efeitos que o Sol tem sobre o planeta, sabemos como a luz e o calor que chega até os seres vivos, permite o crescimento e desenvolvimento dos animais e plantas.
Porquê falar agora do sol perguntam vocês? Pois, estámos em plena época de Natal, em que o nosso Salvador, o Sol da verdade, da justiça e da paz veio habitar no meio do que era seu. Foi a partir do ano 354 que o Natal passou a ser celebrado no dia 25 de Dezembro, pois nesses dias os pagãos celebravam a festa do “Sol Invictus” e assim neste dia os Cristãos passaram a celebrar o nascimento deste verdadeiro Sol, Jesus Cristo nascido em Belem de Judá. Este Sol desceu até junto de nós e nunca mais nos quis deixar e com a sua presença constante alimentá-nos e dá-nos a vida. Com Ele nunca mais houve trevas nem morte pois a vida veio para todos nós, a luz está ao nosso alcance, basta procurar e querer procurar acima de tudo; tal como Jesus nos prometeu "Procura e encontrarás"(Mateus 7, 7)

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Que frio...

Pirinéus

Tirada por Nuno Monteiro

Encontro em Milão

Só de pensar que podia estar hoje em Milão no 28º Encontro de Jovens animado pela Comunidade de Taízé... O que me consola é que uma das actividades que o grupo de Jovens, recém formado na paróquia, tem é uma peregrinação a Taizé procurando naquele silêncio, paz e liberdade respostas para alimentar a nossa sede de saber. Nada nos é imposto na comuniadade, apenas somos convidados a viver uma semana uma experiência de comunhão e de amor para depois a levarmos para o mundo e para os outros; como nos diz o Evangelho de S. Mateus 10, 8 "Recebestes de graça, dai de graça"... Deixo ficar a carta incompleta que o irmão Roger escrevia todos os anos para ser meditada neste Encontro de Jovens e depois ao longo de todo o ano em Taizé:
Para 2006
Carta por acabar
Na tarde da sua morte, 16 de Agosto, o irmão Roger chamou um irmão e disse-lhe: «Toma nota…» Houve um silêncio prolongado, enquanto tentava pôr o seu pensamento em palavras. Depois começou: «Na medida em que a nossa comunidade criar na família humana possibilidades para alargar…» E parou, impedido pelo cansaço de terminar a frase.
Encontramos nestas palavras a paixão que o habitava, mesmo na sua idade avançada. O que queria dizer com «alargar»? Provavelmente: fazer tudo para tornar mais perceptível a cada um de nós o amor que Deus tem para com todos os seres humanos sem excepção, para com todos os povos. Desejava que a nossa pequena comunidade iluminasse esse mistério, através da sua vida e de um humilde compromisso para com os outros. Nós, os irmãos, gostaríamos de aceitar esse desafio, com todos aqueles que através do mundo procuram a paz. Nas semanas que precederam a sua morte, tinha começado a reflectir sobre a carta que seria publicada aquando do encontro de Milão. Tinha indicado certos temas e alguns dos seus textos que desejava retomar e trabalhar. Juntámo-los, tais como se encontravam nesse momento, para constituírem esta «Carta por acabar», traduzida em 57 línguas. Ela é como que uma última palavra do irmão Roger, que nos ajudará a avançar pelo caminho onde Deus «alarga os nossos passos» (Sl 18, 37).
Meditando esta Carta por acabar nos encontros que se realizarão em 2006, quer em Taizé, semana após semana, quer noutros lados, em vários continentes, cada um poderá procurar a forma de a concluir através da sua própria vida.
irmão Alois
«Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz» 1: que paz é esta, que Deus dá?
É antes de mais uma paz interior, uma paz do coração. É ela que permite lançar um olhar de esperança sobre o mundo, mesmo se ele é tantas vezes dilacerado por violências e conflitos.
Esta paz de Deus é também um apoio para que possamos contribuir, muito humildemente, para a construção da paz onde ela se encontra ameaçada.
A paz mundial é tão urgente para aliviar o sofrimento, em particular para que as crianças de hoje e de amanhã não conheçam a angústia e a insegurança.
No seu Evangelho, numa fulgurante intuição, São João exprime quem é Deus em três palavras: «Deus é amor.» 2 Basta compreendermos estas três palavras para podermos ir longe, muito longe.
O que nos cativa nestas palavras? É encontrar nelas esta certeza luminosa: Deus não enviou Cristo à terra para condenar quem quer que seja, mas para que todo o ser humano se saiba amado e possa encontrar um caminho de comunhão com Deus.
Mas por que razão há pessoas que o amor deslumbra, que se sabem amadas, realizadas? Por que razão há outras que julgam ser desprezadas?
Se cada um de nós compreendesse: Deus acompanha-nos mesmo na nossa solidão mais insondável. Ele diz a cada um de nós: «És precioso aos meus olhos, eu estimo-te e amo-te.» 3 Sim, Deus só pode dar o seu amor, aí se encontra todo o Evangelho.
O que Deus nos pede e nos oferece é que recebamos a sua infinita misericórdia.
Que Deus nos ama é uma realidade por vezes pouco acessível. Mas quando descobrimos que o seu amor é antes de tudo perdão, o nosso coração encontra sossego e acaba por transformar-se.
Eis que nos tornamos capazes de confiar a Deus o que perturba o nosso coração: encontramos então uma fonte onde buscar nova vitalidade.
Estaremos bem conscientes? Deus confia tanto em nós que dirige a cada um de nós um chamamento. O que é esse chamamento? É o convite a amar como ele nos ama. E não há amor mais profundo do que ir até ao dom de si próprio, por Deus e pelos outros.
Quem vive de Deus escolhe amar. E um coração decidido a amar pode irradiar uma bondade sem limites. 4
Para quem procura amar com confiança, a vida enche-se de uma beleza serena.
Quem procura amar e dizê-lo através da sua vida é levado a interrogar-se sobre uma das questões mais prementes: como aliviar as penas e o tormento daqueles que estão próximo ou longe?
Mas o que é amar? Será partilhar o sofrimento dos mais maltratados? Sim.
Será ter uma bondade infinita de coração e esquecer-se de si próprio por causa dos outros, de forma desinteressada? Sim, certamente.
E ainda: o que é amar? Amar é perdoar, viver reconciliados. 5 E a reconciliação é sempre uma Primavera da alma.
Na pequena aldeia de montanha onde nasci, vivia muito próximo da nossa casa uma família numerosa, muito pobre. A mãe tinha morrido. Uma das crianças, um pouco mais nova do que eu, vinha muitas vezes a nossa casa, gostava da minha mãe como se fosse a sua. Um dia soube que iam deixar a aldeia e, para ela, partir não fazia sentido. Como consolar uma criança de cinco ou seis anos? Era como se não tivesse a distância necessária para compreender essa separação.
Pouco antes da sua morte, Cristo assegura aos seus que receberão uma consolação: enviar-lhes-á o Espírito Santo que será para eles um amparo e um consolador, e ficará para sempre com eles. 6
No coração de cada um nós, ainda hoje ele murmura: «Nunca te deixarei só, enviar-te-ei o Espírito Santo. Mesmo que te encontres no mais profundo desespero, estarei perto de ti.»
Acolher a consolação do Espírito Santo é procurar, no silêncio e na paz, abandonar-nos nele. Então, quando acontecimentos, às vezes graves, acontecem, torna-se possível ultrapassá-los.
Somos assim tão frágeis que precisemos de consolação?
A todos acontece ser abalado por um provação pessoal ou pelo sofrimento dos outros. Isso pode chegar até a pôr à prova a fé e a apagar a esperança. Reencontrar a confiança da fé e a paz do coração exige por vezes que se seja paciente em relação a si próprio.
Há um sofrimento que marca particularmente: o da morte de um próximo de quem talvez necessitássemos para caminhar na vida. Mas eis que essa provação pode conhecer uma transfiguração, abrindo-nos então para uma comunhão.
A quem se encontra no limite da dor, pode ser dada uma alegria do Evangelho. Deus vem iluminar o mistério da dor humana, acolhendo-nos assim na sua própria intimidade.
E eis-nos colocados num caminho de esperança. Deus não nos deixa sós. Permite avançar em direcção a uma comunhão, essa comunhão de amor que é a Igreja, ao mesmo tempo tão misteriosa e tão indispensável…
Cristo de comunhão 7 concede-nos o dom imenso da consolação.
Na medida em que a Igreja se torna capaz de trazer uma cura ao coração comunicando o perdão, a compaixão, ela torna mais acessível a plenitude de uma comunhão com Cristo.
Quando a Igreja sabe amar e compreender o mistério de todo o ser humano, quando incansavelmente escuta, consola e cura, torna-se o que ela é no mais luminoso dela própria: límpido reflexo de uma comunhão.
Procurar reconciliação e paz supõe uma luta interior. Não é um caminho de facilidade. Nada de duradouro se constrói na facilidade. O espírito de comunhão não é ingénuo, é coração que se alarga, é bondade profunda que recusa dar ouvidos à desconfiança.
Para sermos portadores de comunhão, será que avançaremos, nas nossas vidas, pelo caminho da confiança e de uma bondade do coração sempre renovada?
Nesse caminho encontraremos por vezes contratempos. Lembremo-nos então que a fonte da paz e da comunhão está em Deus. Em vez de nos desanimarmos, invocaremos o seu Espírito Santo sobre as nossas fragilidades.
E, ao longo de toda a vida, o Espírito Santo ajudar-nos-á a retomar o caminho e a ir, de começo em começo, em direcção a um futuro de paz. 8
Na medida em que a nossa comunidade cria na família humana possibilidades para alargar…
(1) 1 João 14,27.
(2) I João 4,8.
(3) Isaías 43,4.
(4) Aquando da abertura do concílio dos jovens, em 1974, o irmão Roger tinha dito: «Sem amor, para quê existir? Porquê continuar a viver? Com que finalidade? Aí está o sentido da nossa vida: ser amados para sempre, até na eternidade, para que, por nosso lado, avancemos até morrer por amor. Sim, feliz quem pode morrer de amar.» Morrer de amar, isso queria dizer, para ele, amar até ao fim.
(5) «Viver reconciliado»: no seu livro, Pressentes uma felicidade?, publicado quinze dias antes da sua morte, o irmão Roger explicou mais uma vez o que estas palavras significavam para ele: «Poderei aqui dizer mais uma vez que a minha avó materna descobriu intuitivamente como que uma chave da vocação ecuménica e que ela me abriu uma via de concretização? Depois da Primeira Grande Guerra mundial, ela desejava mais que tudo que ninguém tivesse de tornar a viver o que ela tinha vivido: cristãos tinham lutado uns contra os outros na Europa, que eles pelo menos se reconciliassem para tentar impedir uma nova guerra, pensava ela. Ela provinha de uma velha corrente evangélica mas, realizando nela própria uma reconciliação, começou a ir à igreja católica, sem contudo romper com os seus. Marcado pelo testemunho da sua vida, e ainda bastante novo, encontrei, seguindo os seus passos, a minha própria identidade de cristão, reconciliando dentro de mim próprio a fé das minhas origens com o mistério da fé católica, sem ruptura de comunhão com quem quer que seja.»
(6) João 14,18 e 16,7.
(7) «Cristo de comunhão»: o irmão Roger já utilizou esta expressão quando acolheu o Papa João Paulo II em Taizé, no dia 5 de Outubro de 1986: «Com os meus irmãos, aquilo que esperamos todos os dias é que cada jovem descubra Cristo; não Cristo isoladamente, mas o ‘Cristo de comunhão’ presente em plenitude neste mistério de comunhão que é o seu Corpo, a Igreja. Aí tantos jovens podem encontrar onde se empenhar toda a vida, até ao fim. Aí tudo têm para se tornarem criadores de confiança, de reconciliação, não somente entre eles, mas com todas as gerações, dos mais velhos até às crianças. Na nossa comunidade de Taizé, seguir ‘Cristo de comunhão’ é como um fogo que nos queima. Iríamos até ao fim do mundo para procurar caminhos, para pedir, chamar, suplicar se preciso for, mas nunca de fora, mantendo-nos sempre no interior desta única comunhão que é a Igreja.»
(8) Estes quatro últimos parágrafos transcrevem de novo as palavras que o irmão Roger disse no final do Encontro Europeu em Lisboa, em Dezembro de 2004. Foram as últimas palavras que pronunciou em público.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Peregrinação sobre a terra

“Se conhecesses o mistério imenso do Céu
onde agora vivo, este horizonte sem fim,
esta luz que tudo reveste e penetra,
não chorarias, se me amas!
Estou já absorvido no encanto de Deus
na sua infindável beleza.”



Tiradas por Nuno Monteiro
O irmão Roger entrou na vida da eternidade, contemplando face a face como Ele é, olhando já o invisível, a verdade plena e imutável, o Verbo criador, o Amor que não pode senão amar. Durante a oração da noite, de terça-feira 16 de Agosto de 2005, da Comunidade de Taizé com as Centenas de Jovens que se reuniam na Igreja da reconciliação, uma mulher mentalmente desequilibrada atacou o irmão Roger com uma faca desferindo-lhe vários golpes. Momentos depois faleceu.
O irmão Roger nasceu a 12 de Maio de 1915 na Suiça. Desde cedo alimentava a chama da reconciliação entre cristãos “que todos sejam um, como Tu, Pai, estas em mim e eu em Ti” (Jo 17,21) e a vontade de criar uma comunidade que fosse exemplo de vida nova na Igreja de Cristo. Para isso partiu de sua terra Natal e encontrou em Taizé, em plena 2ª Guerra Mundial o espaço onde viria a começar o sonho que Deus lhe tinha destinado. Começou por abrigar judeus refugiados da guerra em sua casa e mais tarde na Páscoa de 1949 os primeiros irmãos comprometeram-se a viver aquela simplicidade de vida em comunidade. Assim começou a chamada “aurora de uma nova Primavera” como João XXIII afirmava e sim, a Primavera do ecumenismo floriu na colina de Taizé, na Igreja da Reconciliação, onde se encontraram membros de diferentes tradições cristas no respeito e no diálogo, na oração e na partilha fraterna, inspirados pela presença e pelo exemplo do irmão Roger. “Quando a Igreja escuta, cura e reconcilia, ela torna-se naquilo que é no mais luminoso de si mesma: límpido reflexo de um amor” Os Jovens começaram a chegar àquela colina nos finais dos anos 50 para descobrirem durante uma semana respostas praticas para a sua vida de cristão e aí beberem da fonte inesgotável do Evangelho. Além dos encontros semanais em Taizé, a comunidade promove também “uma peregrinação de confiança através da Terra”da qual faz parte um encontro europeu no final de cada ano onde várias dezenas de jovens se reúnem para serem convidados e responsabilizados a serem portadores de paz, reconciliação e confiança, nas suas cidades, paróquias, universidades, local de trabalho…
Porquê agora falar e lembrar o irmão Roger? Porque amanhã dia 28 de Dezembro faz um ano em que eu com alguns amigos estivemos no 27º encontro de jovens animado pela comunidade de Taizé. Foi a última vez que vi o Irmão Roger. O encontro aconteceu no fim do ano de 2004 em Lisboa e o irmão Roger esteve presente com a comunidade a animar os jovens que buscam a Cristo. Da nossa paróquia estiveram alguns jovens e testemunharam a força e o sorriso humilde e sincero do Irmão Roger.
Mas já conhecia a comuniadade pois passei a Semana Santa de 2001 em Taizé e tive a sorte de ser convidado pelo irmão Roger no final da oração
da noite de Sexta feira Santa para no dia seguinte almoçar junto da comunidade. É uma experiência que guardo para sempre no meu coração, tenho imagens dessa refeição muito presentes em mim. Essa semana ensinou-me a viver numa Igreja que por vezes se torna instotucionalizada e dogmática demais. Ensinou-me a viver com naturalidade a minha fé, aquilo em que acredito e olhar os sinais que a liturgia nos oferece como acção salvífica de Deus entre nós.
O irmão Roger era um homem contemplativo, de oração. No entanto abriu o seu coração de monge e a comunidade de Taizé aos jovens de todo o mundo, à sua procura, à sua esperança, à sua alegria e sofrimento, ao seu caminho na vida e na fé. Mais do quem um guia ou mestre espiritual, o irmão Roger foi para muitos como um pai, como reflexo do Pai eterno e da universalidade do seu amor.
“Deveríamos ouvi-lo, ouvir a partir de dentro o seu ecumenismo vivido espiritualmente e deixar-nos conduzir pelo seu testemunho de um ecumenismo interiorizado e espiritualizado…” (Bento XVI)

Janeiras

Se o tempo ajudar hoje um grupo da comunidade de Vilar de Andorinho vi começar a cantar as janeiras recuperando uma tradição da alma portuguesa. Estes momentos servem para descontração e de alguma forma mostrarmos que a Igreja de Vilar de Andorinho não se limita ao encontro semanal de uma hora na Eucaristia, mas é uma Igreja de pedras vivas que vai ao encontro desejar as boas festas de uma forma alegre cantando. Sim, de uma forma alegre porque o Cristão é ou deve ser por sua natureza um ser alegre. Mas também tem um outro objectivo não menos importante, a paróquia começa a precisar de ifra-estruturas para poder acompanhar as necessidades das pessoas que ali acorrem, mas para as criar é preciso dinheiro e para isso vamos sair á rua durante alguns dias para percorrer a paróquia a cantar as boas festas e esperando a compreensão e generosidade das pessoas...

domingo, dezembro 25, 2005

Fé e razão (da Enciclica Fides et Ratio de João Paulo II)



Introdução
A Fé e a razão são como que duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer e Ele, para que conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio.
Quanto mais o homem conhece a realidade e o mundo, tanto mais se conhece a si próprio na sua unicidade. O que chega a ser objecto do nosso conhecimento passa a serparte da nossa vida. A afirmação inscrita no templo de Delfos “Conhece-te a ti mesmo”deve ser assumida como regra base de todo o homem que deseje distinguir-se no meio da criação inteira, enquanto “conhecedor de si mesmo”.
Ao longo dos tempos a existência humana é marcada por questões: Quem sou eu? Donde venho e para onde vou? Porque existe o mal? Que é que haverá para além deta vida? A Igreja não é alheia a este tipo de pesquisa. Desde que recebeu, no Mistério Pascal, o dom da verdade última sobre a vida do homem, fez-se peregrina pelas estradas do mundo para anunciar que Cristo é o “Caminho, verdade e vida”. Esta missão torna a comunidade crente participante do esforço da humanidade em alcançar a verdade, em que cada verdade atingida é apenas mais uma etapa rumo à verdade plena que se há-de manifestar na última revelação de Deus.
São vários os caminhos do homem para avançar no conhecimento da verdade, o que torna cada vez mais humana a sua existência e em que a filosofia dá um contributo específico ao levantar a questão do sentido da vida. A Filosofia Moderna, esquecendo-se de orientar a sua pesquisa para o ser, concentrou a própria investigação no conhecimento humano. Em vez de se apoiar na capacidade que o homem tem de conhecer a verdade, preferiu sublinhar as suas limitações e condicionalismos. (Daqui resulta o agnosticismo e relativismo, que levaram a investigação filosófica q perder-se nas areias movediças dum cepticismo geral.
Sendo a Igreja depositária da revelação de Jesus Cristo, deve reafirmar a necesidade da reflexão sobre a verdade. Ao reafirmar a verdade da fé, pode-se restituir ao homem de hoje uma genuína confiança nas suas capacidades cognoscitivas e oferecer à filosofia uma estímulo para poder recuperar e promover a sua plena dignidade. A filosofia tem a grande responsabilidade de formar o pensamento e a cultura através do apelo à busca da verdade.
Capítulo I
A Igreja é a depositária de uma mensagem do próprio Deus, dái o conhecimento que ela propõe ao homem, não provém de uma reflexão sua, mas de ter acolhido na fé a palavra de Deus. Deus fonte de amor, dá-Se a conhecer. No Concilio Vaticano I, foi sublinhado o carácter sobrenatural da revelação de Deus, além do conhecimento da razão humana, por sua natureza capaz de chegar ao Criador, existe um conhecimento que é próprio da fé e que exprime uma verdade que se funda no facto de Deus Se revelar. A verdade alcançada pela via da razão e a verdade da Revelação, não se confundem. A fé por ser de caráctrer sobrenatural pertence a uma ordem diferente de conhecimento da do conhecimento filosófico. A filosofia e as ciências situam-se na ordem da razão natural, enquanto que a fé, iluminada pelo Espírito reconhece na mensagem da salvação a “plenitude de graça e de verdade” que Deus quis revelar na história e de forma definitiva por meio de seu Filho Jesus Cristo. Assim a revelação de Deus entrou no tempo e na história. A verdade que Deus confiou ao homem a respeito de Si mesmo e da sua vida insere-se no tempo e na história. A Dei Verbum ensina que a Igreja tende para a plenitude da verdade divina, até que nela se cumpram as palavras de Deus. Na história pode-se constatar a acção de Deus a favor da humanidade.
Jesus revela o Pai, mas o conhecimento que possuímos é limitado pois a nossa compreensão é limitada. Só a fé permite entrar no mistério, proporcionando a compreensão coerente do mesmo. A fé é uma resposta de obediência a Deus. Deus dá-se a conhecer, mas também trás consigo a credibilidade dos conteúdos que revela. Pela fé o homem reconhece a verdade plena e integral de tudo o que foi revelado pirque é o próprio Deus que o garante. A fé permite a cada um exprimir, do modo melhor, a sua própria liberdade. O Conhecimento da fé não anula o mistério, apenas o torna mais evidente e apresenta-o como facto essencial para o homem.
De acordo com o Concílio Vaticano II a revelação coloca dentro da história um ponto de referência de que o homem não pode prescindir se quiser compreender o mistério das sua existência. A razão investiga e compreende e é limitada apenas pela sua finitude perante o mistério infinito de Deus. A revelação introduz na história uma verdade universal que leva a mente do homem a ampliar os horizontes do próprio conhecimento até sentir que realizou tudo o que estava ao seu alcance. A revelação cristã é a verdadeira estrela de orientação para o homem. O fim último da existência humana é objecto de estudo quer da filosofia quer da teologia.
Capítulo II
A ligação entre o conhecimento da fé e da razão vem indicada na Sagrada Escritura. O autor sagrado ao descrever o home sábio, apresenta-o como aquele que ama e busca a verdade. Graças à inteligência, crentes e não crentes, têm a possibilidade de saciarem-se nas aguas profundas do conhecimento. No texto bíblico existe uma unidade profunda entre o conhecimento da razão e da fé. O que acontece no mundo são realidades analisadas, observadas e julgadas com os meios próprios da razão, mas sem deixar a fé à margem deste processo. A fé não vem tirar a autonomia da razão, apenas vem fazer compreender ao homem que em tais acontecimentos, se torna visível e age o Deus de Israel. A fé aperfeiçoa o olhar interior, abrindo a mente para descobrir, no curso dos acontecimentos a presença operante da Providência. O home pela luz da razão, pode reconhecer a sua estrada; mas percorrê-la de forma decidida, sem obstáculos e até ao fim, só o consegue se integrar a sua pesquisa no horizonte da fé. Por isso a razão e a fé não podem estar separadas, sem correr o risco de o homem perder a possibilidade de conhecer de modo adequado a si próprio, ao mundo e a Deus. Fé e razão implicam-se uma na outra, cada qual com o seu espaço próprio de realização. O povo eleito de Israel compreendeu que a razão deve respeitar algumas regras para manifestar do melhor modo a própria natureza: primeira o conhecimento do humem é um caminho que não permite descanso; segunda nasce da consciência de que não se pode percorrer tal caminho com o orgulho de quem pensa em tudo é fruto de conquista pessoal; terceira fundamenta-se no “temor de Deus”. “Pela natureza e beleza das criaturas, pode-se, por analogia, chegar ao conhecimento do seu Autor” (Sab 13, 5). O que a razão atinge pode ser verdade, mas só adquire pleno significado se o seu conteúdo for situado num horizonte mais amplo o da fé. A fé segundo o Antigo Testamento liberta a razão. Pela razão o homem atinge a verdade, porque, iluminado pela fé, descobre o sentido profundo de tudo. Este conhecimento entra em relação com a fé e a revelação. S. Paulo diz que através da criação, os olhos da mente podem chegar ao conhecimento de Deus. Através das criaturas, Ele faz que a razão intua o seu poder e a sua divindade. Segundo S. Paulo, no projecto originário da criação estava prevista a capacidade de a razão ultrapassar comodamente o dado sensível para chegar à própria origem de tudo: o Criador. Com a desobediência, perdeu a facilidade de acesso a Deus criador. A vinda de Cristo veio redimir a razão da sua fraqueza. A razão não pode esgotar o mistério de amor que a Cruz representa, mas a Cruz pode dar à razão a resposta última que esta procura.
Capítulo III
Todos os homens desejam saber e o objecto próprio deste desejo é a verdade. Os filosófos procuraram descobrir tal verdade, mas para além das escolas de pensamento, também existem outras expressões com que o homem pode formular a sua “filosofia”: tradições familiares e culturais, experiências pessoais, convicções...Cada uma destas manifestações tem sempre o desejo de alcançar a certeza da verdade e do seu valor absoluto.
O homem é definido como aquele que procura a verdade. Há verdades que assentam em evidências imediatas ou recebem confirmação da experiência; as verdades de carácter filosófico alcançada através da especulação; as verdades religiosas que de algum modo têm as suas raízes na filosofia. O homem ser que busca a verdade, é também aquele que vive de crenças.
Capítulo IV
Os pais da filosofia tiveram por missão mostrar a ligação entre a razão e a religião procurando dar fundamento racional à sua crença na divindade. A religião foi puruficada pela análise racional. Clemente de Alexandria chamava ao Evangelho “ a verdadeira filosofia”. Os Padres da Igreja mostraram o modo como a razão se podeia abrir á transcendência. Segundo Santo Anselmo, a prioridade da razão não faz concorrência à investigação própria da razão. A sua tarefa é saber encontrar um sentido. O intelecto deve pôr-se à procura daquilo que ama: quanto mais ama, masi deseja conhecer.
A fé requer que o seu objecto seja compreendido com a ajuda da razão; por sua vez a razão, admite como necessário aquilo que a fé apresenta. A luz da razão e a luz da fé provêm ambas de Deus por isso não se podem contradizer entre si (S. Tomás). A fé não teme a razão, mas confia nela; a fé supõe e aperfeiçoa a razão. A razão iluminada pela fé fica liberta das limitações e fraquezas causadas pela desobediência do pecado.
Com Santo Alberto Magno e S. Tomás, dá-se uma nefasta separação da fé e razão o que provoca uma desconfiança cda vez mais forte a respeito da própria razão. Boa parte da filosofia moderna desenvolveu-se num afastamento da revelação cristã. O idealismo procurou transformar a fé e os seus conteúdos em estruturas dialécticas racionalmente compreensíveis. O posotivismo veio afastar a visão cristã do mundo e deixou cair qualquer alusão à visão metafísica e moral. Os seguidores do Nihilismo defendem a pesquisa como fim em si mesma.
Ao desasombro da fé deve corresponder a audácia da razão.
Capítulo V
Mesmo a fé estando acima da razão, não pode existir uma verdadeira divergência entre fé e razão porque o mesmo Deus que revela os mistérios e comunica a fé, foi quem colocou no espírito humano a luz da razão. E Deus não poderá negar-Se a Si mesmo, pondo a verdade em contradição com a verdade. A fé incita a razão a sair de todo o isolamento e a abraçar de bom grado qualquer risco por tudo o que é belo, bom e verdadeiro.
Capítulo VI
A Teologia, enquanto elaboração reflexiva e científica da compreensão da palavra divina à luz da fé, não pode deixar de recorrer às filosofias que vão surgindo ao longo da história. A Teologia está organizada, enquanto ciência da fé, à luz dum duplo princípio metodológico: auditus fidei e intellectus fidei em que recolhe os conteúdos da revelação tal qual na Sagrada Escritura, na Tradição e noMagistério vivo da Igreja; e responde às exigências próprias do pensamento, através da reflexão especulativa. A filosofia presta ajuda á Telogia na compreensão da Tradição, do Magistério e doa mestres da Teologia.
A Teologia Dogmática deve ser capaz de articular o sentido universal no mistério de Deus e da economia da salvação, quer do modo narrativo quer de forma argumentativa. Sem a filosofia seria impossível formular certos conteúdos teológicos como a linguagem sobre Deus, a acção criadora de Deus, a relação entre homem e Deus...
A Teologia Fundamental tem por função dar razão da fé, deve procurar justificar e explicitar a relação entre a fé e a reflexão filosófica. Deve manifestar a compatibilidade intrínseca entre a fé e a sua existência essencial de se explicitar através de uma razão capaz de dar o seu consentimento. Assim, a fé saberá mostrar o caminho a uma razão na busca sincera da verdade.
A Teologia Moral necessita ainda mais da filosofia. A vida no Espírito conduz os crentes a uma liberdade e responsabilidade que ultrapassa a própria Lei. Porém o Evangelho e os escritos apostólicos propoem princípios de conduta cristã, ensinamentos e preceitos específicos; para aplicar nas circunstâncias concretas da vida individual e social, o cristão precisa de se valer da sua consciência e da força do seu raciocínio. A Teologia Moral deve recorrer a uma visão filosófica correcta quer da natureza humana e da sociedade, quer dos princípios gerais duma decisão ética.
A razão meve-se entre dois pólos – a palavra de Deus e melhor conhecimento desta e assim evita percursos que poderiam conduzir para fora da Verdade revelada.
Distinguem-se diversos estados da filosofia em relação á fé cristã: a filosofia independente da revelação evangélica, a filosofia cristã que não pretende aludir a uma filosofia oficial da Igreja, pois a fé naõ é uma filosofia. Esta designação deseja idicar um modo de cristão de filosofar. A filosifa cristã tem dois aspectos: um subjectivo que consiste na purificação da razão por parte da fé e o aspecto objectivo que diz respeito aos conteúdos. Questões como o conceito de um Deus pessoal, livre e criador; a realidade do pecado; a concepção de pessoa como ser espiritual tem que ser tidas em conta.
A Teologia sempre teve necessidade da contribuição da filosofia. O trabalho teológico é feito pela razão crítica á luz da fé. A teologia precisa da filosofia como interlocutora para verificar a inteligibilidade e verdade universal das suas afirmações. A revelação nunca poderá humilhar a razão nas suas descobertas; a razão nunca deverá perder a sua capacidade de interrogar-se e de interrogar.
“Crer nada mais é senão pensar consentindo...a fé se não for pensada, nada é” (S. Agostinho).
Capítulo VII
Uma primeira exigência feita á filosofia é que esta constitua um estímulo para se conformar com a sua própria natureza. A filosofia é convidada a empenhar-se na busca do fundamento natural do fim último do homem.
Uma segunda exigência verifica a capacidade do homem chegar ao conhecimento da verdade. Estas duas exigências implicam uma terceira de alcance autenticamente metafísico, capaz de transcender os dados empíricos para chegar na busca da verdade, a algo de absoluto. È uma exigência própria do conhecimento do Bem moral, cujo fundamento último é o sumo Bem, o próprio Deus.
Há alguns perigos vindos da reflexão filosófica e da reflexão da tradição cristã a evitar tais como: Ecletismo é o comportamento de quem, na pesquisa, doutrina e argumentação, costuma tomar ideias isoladamente de distintas filosofias sem se preocupar com a sua coerência e contexto. Historicismo para compreender correctamente uma doutrina do passado é necessário enquadrá-la no seu contexto histórico e cultural. Porém o historicismo toma como sua tese fundamental estabelecer a verdade duma filosofia com base na sua adequação q um determinado período. Cientificismo recusa-se a admitir como válidas, formas de conhecimento distintas daquelas que são próprias das ciências positivas, relegando para o âmbito da pura imaginação quer o conhecimentor religioso e teológico, quer o saber ético e estético. O Pragmatismo é uma atitude mental de quem, ao fazer as suas opções, exclui o recurso a reflexões abstractas ou a avaliações fundadas sobre princípios éticos. O Niilismo é a negação da humanidade do homem e a sua identidade.
A Teologia deve cumprir a missão que o Concílio Vaticano II confiou: renovar as suas metodologias, tendo em vista um serviço mais eficaz à evangelização. “È necessario que esta doutrina derta e imútavel, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e apresentada conforme as exigências do nosso tempo”. (João XXIII) A Teologia deve manter o olhar fixo na verdade última que lhe foi confiada pela Revelação. È um dinamismo interior da fé. O objectivo fundamental da Teologia é apresentar a compreensão da Revelação e o conteúdo da fé.
Conclusão
É importante o impacto que o pensamento filosófico tem no progresso das culturas e comportamentos sociais. Fé e razão ajudam-se mutuamente, exercendo uma em prol da outra a função de discernimento crítico e purificador mas também de estímulo para progredir na investigação e no aprofundamento. A Teologia, que recebeu o dom de uma abertura e originalidade que lhe permite existir como ciência da fé, fez com que a razão permanecesse aberta à radical novidade que a revelação de Deus traz consigo. A filosofia é como um espelho em que se reflecte a cultura dos povos. A relação próxima entre sabedoria teológica e saber filosófico é uma das riquezas mais originais da tradição cristã no aprofundamento da verdade revelada.
Como a Virgem foi chamada a oferecer toda a sua humanidade e feminilidade para que o Verbo de Deus pudesse encarnar e fazer-se um de nós, também a filosofia é chamada a dar o seu contributo racional e critíco para que a teologia seja fecunda e eficaz na compreensão da fé.
Nuno Monteiro

É Natal

"Já nasceu o Salvador, hoje sobre
nós desceu a Salvação do nosso Deus."

O dia amanhece com o sol a sorrir timidamente, mas o verdadeiro Sol das nossas vidas já despontou dentro de cada um de nós. Sim, esta noite Ele desceu até junto do homem e fez-se homem para assim estar mais próximo do homem. Por muito igual que seja todos os anos a celebração e esta epoca em que o consumismo reina nas ruas e na azáfama de todos e de cada um em particular e em que a figura de S. Nicolau, bispo da Ásia Menor, no século IV d.C é detorpada por uma multinacional...tudo isto me faz questionar: Então Jesus veio, nasceu, portanto é ele o aniversariante e não há nada para Ele?Só o velho das barbas brancas é que tem lugar na noite de Natal? Mas mesmo assim, tudo isto acaba por desaparecer quando se está já sentado á mesa com a família e á meia noite celebrar esta quadra na missa do Galo com a grande família a que nós todos pertencemos, a nossa comunidade de Vilar de Andorinho e a Igreja Universal que somos todos nós em Cristo Jesus que veio, vem e virá por nós.
Não sei se o que escrevi hoje tem alguma lógica mas ainda estou a meio a dormir... devia ter ido acolitar agora na missa das 11h mas só se fosse de pijama porque adormeci :(

sábado, dezembro 24, 2005

Presentes no sapatinho de Belém...

Ao Mário Soares daria uma bengala para se segurar em pé e um par de pantufas para curtir os oitenta e muitos anos sentadinho no sofá a contar histórias aos netos...

Ao Cavaco Silva talvez um babete, ele cuspe-se todo a falar e muitas vezes nem sabe o que diz...

Ao Jerónimo de Sousa dava-lhe um Crucifixo para colocar na parede da sede de campanha...

Ao Louça seria um charro para esquecer a noite das eleições porque ainda não é desta...

Chega de criticas porque é vespera de Natal mas... A ver vamos o que o Pai natal vai deixar no sapatinho de cada um

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Feliz Natal

"Natus est vobis hodie Salvator"

Tirada por Nuno Monteiro

A encarnação do Filho de Deus permite ver realizada uma síntese definitiva que a mente humana, por si mesma, nem sequer poderia imaginar: o Eterno entra no tempo, o Tudo esconde-se no fragmento, Deus assume o rosto do homem...

Crime do Padre Amaro

Já me estava a passar o comentário ao tão badalado filme em que fazem uma adaptação muito livre do Romance de Eça de Queirós. Qual será a categoria em que o vou colocar? Filme erótico de 3º grau? Romance? Drama? Complicado... Antes demais o amar não é pecado e um padre amar é o mais natural que há pois também eles são homens de carne e osso. O mal está em não saber criar limites e ir contra o voto de castidade tendo consciencia do que está a fazer. Agora pergunto-me, será este um mal tão grande ou maior que o escándalo de padres pedófilos que não sabem como satisfazer o seu apetite selvagem e vitimam crianças inocentes? Talvez se estes padres pudessem casar a imagem da Igreja nunca teria sido marcada por este lado tão negro.
Voltando ao filme, achei muito forçado em algumas cenas pois o realizador ao querer meter todos os problemas sociais, forçou demais o filme e as imagens não seriam também muitos ousadas? Bem Portugal está a sair agora do armário...pena é que continua a perder a sua identidade cultural, de povo conquistador, lutador e vencedor e está cada vez mais a render-se ao "seu fado"...

quinta-feira, dezembro 22, 2005

"Vem o Senhor Jesus! Repetimos nestes dias, na oração preparando nosso coração, para experimentar a alegria do nascimento do Redentor. Em particular, nesta última semana do Advento, a liturgia acompanha e sustenta nosso caminho interior com repetidos convites a acolher o Salvador, reconhecendo-o no humilde Menino que jaz em um presépio. Este é o mistério de Natal, que podemos compreender melhor através de tantos símbolos. Entre estes símbolos está o da luz, que é um dos mais ricos de significado espiritual e sobre o qual queria refletir brevemente. A festa de Natal coincide, em nosso hemisfério, com a época do ano em que o sol termina sua parábola descendente e começa a fase na qual se amplia gradualmente o tempo de luz diurna, segundo o percurso sucessivo das estações. Isto nos ajuda a compreender melhor o tempo da luz que prevalece sobre as trevas. É um símbolo que evoca uma realidade que afeta o íntimo do homem: refiro-me à luz do bem que vence o mal, do amor que supera o ódio, da vida que vence a morte. Natal faz pensar nesta luz interior, na luz divina, que nos volta a apresentar o anúncio da vitória definitiva do amor de Deus sobre o pecado e a morte. Por este motivo, na novena do santo Natal que estamos vivendo, há muitas e significativas referências à luz. Recorda-nos também a antífona cantada ao início de nosso encontro. O Salvador esperado pelos povos é saudado como «Astro nascente», a estrela que indica o caminho e guia os homens, andantes entre as escuridões e os perigos do mundo para a salvação prometida por Deus e realizada em Jesus Cristo. Ao preparar-nos a celebrar com alegria o nascimento do Salvador, em nossas famílias e em nossas comunidades eclesiais, enquanto uma certa cultura moderna e consumista tenta fazer desaparecer os símbolos cristãos da celebração do Natal, assomamos todos o compromisso de compreender o valor das tradições natalinas, que formam parte do patrimônio de nossa fé e de nossa cultura, para transmiti-las às novas gerações. Em particular, ao ver as ruas e praças de nossas cidades adornadas com luzes resplandecentes, recordamos que estas luzes evocam outra luz, invisível para nossos olhos, mas não para nosso coração. Ao contemplá-las, ao acender as velas das igrejas ou as luzes do presépio e da árvore de Natal em nossas casas, que nosso espírito se abra à verdadeira luz espiritual trazida a todos os homens e mulheres de boa vontade. O Deus conosco, nascido em Belém da Virgem Maria, é a Estrela de nossa vida! «Astro que surge, esplendor de luz eterna, sol de justiça: vem, ilumina quem jaz nas trevas e nas sombras da morte». Ao assumir esta invocação da liturgia de hoje, peçamos ao Senhor que apresse sua vinda gloriosa entre nós, em meio a todos os que sofrem, pois só nele podem encontrar resposta as autênticas expectativas do coração humano. Que este Astro de luz sem ocaso comunique-nos a força para seguir sempre o caminho da verdade, da justiça e do amor! Vivamos intensamente estes dias que precedem o Natal junto a Maria, a Virem do silêncio e da escuta. Que Ela, que ficou totalmente envolta pela luz do Espírito Santo, ajude-nos a compreender e a viver plenamente o mistério do Natal de Cristo. Com estes sentimentos, exortando-vos a manter viva a maravilha interior na fervorosa espera da celebração já próxima do nascimento do Senhor, desejo com alegria um santo e feliz Natal a todos vós, aqui presentes, a vossos familiares, a vossas comunidades e a vossos entes queridos."
(Bento XVI na audiência de Quarta feira no Vaticano)

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Natal...


Que
será,
Senhor,
neste Natal
armar uma ár-
vore dentro do
meu coração e nela
pendurar, em vez de
presentes, os nomes de
todos os meus amigos. Os
amigos de longe e de perto. Os
antigos e os mais recentes. Os que
vejo todo dia e os que raramente encon-
tro. Os sempre lembrados e os que, às vezes,
ficam esquecidos. Os constantes e os intermi-
tentes. Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer, eu magoei ou, sem querer, me ma-
goaram. Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles
de quem não me são conhecidos a não ser as aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus
amigos humildes e meus amigos importantes. Os nomes de todos os
que já passaram pela minha
vida. Uma árvore de raízes
muito profundas, e de ramos
muito extensos, e para que
seus nomes, nunca sejam,
arrancados do meu coração.
Para que novos nomes, vindos de todas as partes,
venham juntar-se aos existentes. De sombra muito
agradável para que nossa amizade seja um mo-
mento de repouso nas lutas da vida. "Que os mo-
mentos alegres de Natal iluminem todos os dias do
ANO que se inicia". São os meus sinceros votos!!!!

Crónicas de um retiro...(parte II)

Tirada por Nuno Monteiro

Estes jovens devem ter estado realmente muito atentos ao filme pois seguiram á risca aquela máxima do "Carpe Diem" e viveram cada minuto, cada segundo, cada milésimo de segundo da noite a fazerem o que lhes ia na cabeça de adolescentes e de jovens que são. Até á 1h e tal da manhã andaram a passear pelo corredor nos quartos uns dos outros sob a vigilância atenta dos "Arcanjos Gabriel"(já vão perceber o porquê desta expressão). Quando declarámos "recolher obrigatório" começou o inferno porque as meninas que costumam ser mais maduras e compreensivas, amuaram e fizeram birra pois queriam estar nos quartos dos rapazes...Psicólogos, sociólogos, antropólogos e todos os qualquer coisa + ólogos terão que repensar estes conceitos de as mulheres serem mais maduras que os homens...Pelo menos neste micro ambiente em que vivemos estes dois dias isso não foi visivél. Bem foi um inferno. As hormonas dos rapazes controlaram-se muito bem mas as hormonas femininas estavam em alta, em extase. Só por volta das 5:30 é que os tais "Arcanjos Gabriel" puderam voar para o seu ninho e aí descansar um pouco até que o "Arcanjo" Paulo anunciasse o novo dia aos berros em cada quarto :).
Ao contrário do esperado, pela noite que tinha sido, os trabalhos da manhã correram muito bem. A manhã foi dedicada á criação do grupo de jovens e para tal foram criados grupos de trabalho para pensarem o grupo de jovens e tudo o que lhe está inerente desde o nome, logotipo, dia de encontro, objectivos, actividades, etc... 70% dos jovens presentes disseram sim a este desafio de criar o Grupo de Jovens Paroquial; bastante positivo, agora é trabalhar sem desanimar para animar-los também a construir uma Igreja mais forte e unida - O Corpo Mistico de Cristo.
O encontro, como não podia deixar de ser terminou com a celebração da Eucaristia pelo Padre Albino. A Celebração foi animada pelo Coro Jovem de Balteiro (C.J.B) e pelos jovens que foram intervindo nos vários momentos da Celebração Eucaristica, desde as leituras, as preces que foram lidas foram trabalhadas por um grupo de jovens e um outro preparou o ofertório com diversos simbolos do que pretendem ser no grupo de jovens agora criado. Mais uma vez desde que entrámos no tempo de Advento, o Evangelho que a liturgia nos propõe pela terceira vez é o da Anunciação. Em que o Arcanjo Gabriel propõe a Maria (que teria a idade de muitos dos jovens presentes) um outro projecto de vida diferente ao que ela certamente teria pensado. O Arcanjo chamou e guiou Maria por esse novo projecto a que Deus lhe chamava. Assim o Pdr. Albino transpôs esta ideia para o nosso grupo em que também os jovens tinham sido acompanhados por arcanjos que seriam aqueles que guiaram e preparam estes dois dias para darem alguma resposta aos jovens ali presentes. Eu não me reconheci no Arcanjo pois eu apenas fui um escolhido e disse um SIM aqui estou Deus precisa de mim para este grupo. Não sei o que dqar nem fazer mas Ele sabe o que tenho a dar e o que quer de mim e de todos nós.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Crónicas de um retiro...(parte I )

Depois da ideia da criação de um grupo de Jovens a nível paroquial ter ganho alicerces e alguma consistência, um grupo de jovens (rapazes e raparigas) da paróquia do Divino Salvador de Vilar de Andorinho tiveram uma experiência de Retiro/encontro com o objectivo de nesse encontro ser criado um grupo de jovens paroquial. Ideia interessante e importante pois os jovens que terminavam o itinerário catequético proposto pelo secretariado Nacional de Educação Cristã e recebiam o Crisma, sentiandm-se um pouco perdidos pois não se integravam em nenhum movimento da paróquia e daí a necessidade de os chamar a percorrer um caminho nem sempre fácil mas por ser em grupo será proveitoso e suportável.
O dia 19 de Dezembro começou cedo para todos nós pois tinhamos que estar no Colégio de Trancoso em Gaia ás 9h para inicio da encontro. A manha foi de apresentações e apresentar as expectativas e objectivos de todo este trabalho e dar a conhecer de uma forma mais profunda o funcionamento da nossa comunidade convidando representantes de vários movimentos para falar e apresentar o seu movimento aos jovens.
Num outro momento ainda antes do almoço o tema foi aprofundado com a projecção de um diaporama com algumas pistas de meditação para os vários grupos em que dividimos o grupo de 29 jovens.
A tarde foi dedicada ao desporto, desde o futebol volei, basket e jogos tradiconais da corda e dos sacos, e ao convivio entre todos. O dia acabou com a projecção de um filme em que a mensagem principal foi o famoso lema "Carpe diem", ou seja, vive cada dia ao centesimo, milesimo de segundo...o filme foi o "Clube dos poetas mortos". Mas a noite não terminou da melhor forma e por isso vou ter que me deitar e amanhã termino com a segunda parte das crónicas e aí dá para perceber o porque desta interrupção para descansar... :)

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Mais um Natal

Mais um ano em que celebrámos o nascimento de um bem importante para a sociedade do consumo. Sim o nascimento de um homem gordo e velho, de barbas brancas com um fato vermelho e um saco de prendas sempre ás costas. (Quando era criança faziame sempre um pouco de confusão imaginar o Pai Natal a descer pela minha chaminé porque ela tinha um exaustor...bem mas era criança...).
Assistimos então ao grande nascimento do poder de compra quando o país está na banca rota, fábricas e empresas a fechar, desemprego a aumentar, miséria a crescer a olhos vistos, o estado da nossa classe política e da nossa economia( acham que estou a pintar um painel muito negro? Eu acho que não, pois tou a descrever uma realidade...) mas mesmo assim as ruas estão todas iluminadas, as superficies comercias estão atolhadas de gente que parece que morre se não tem presentes e compras...então dou-me a liberdade de perguntar: porquê tanto barulho da parte dos portugueses se para as compras, para bens triviais e secundários têm dinheiro???Não é nada comigo mas que faz confusão faz.
Pois bem voltando ao tema inicial, estámos nesta epóca a celebrar o nascimento desse gordo de vermelho...E no meio disto tudo onde fica a luz verdadeira que nessa noite mágica e nova vem para toda a gente?Onde cabe no meio disto tudo um Deus que se fez menino tão frágil para vir ter com a sua criação, para poder viver de forma plena a sua própria criação e assim a poder guiar para um novo caminho que conduz a Deus?Este menino limita-se a ficar deitadinho no presépio á espera que a gente humilde (como os pastores) O visitem e O deixem entrar no seu coração. Fica ali quietinho equanto as familias e amigos se juntam á volta de uma mesa farta a comer e a beber quando muita gente nessa noite está sozinha sem uma companhia e sem uma prato quente de sopa, trocar presentes quando muita gente o único presente que queriam era recuperar a felicidade, esperança e alegria de viver que lhes foi retirada por factores extenos a eles...
Vem Jesus Menino e habita no coração de cada um de nós

De regresso

Voltei...não deixei ou fiquei cansado de cá depositar algumas palavras e com elas jogar para que alguma coisa possa sair daqui, mas estas novas tecnologias dão cabo da cabeça de alguém limitado como eu (lol). As férias de Natal começaram e bem merecidas que são pois este período de aulas que agora termina já estava a dar um nó. Filosofias mais filosofias com um latim á mistura...Chiça que podiam ter escolhido uma língua mais fácil para língua ofocial da Igreja...
Segundo o meu professor de latim, férias quer dizer mudança de atitude, ou seja, quem estudou e trabalhou pode descansar pois tem tudo feito, agora quem não trabalhou nem estudou tem que se esforçar a dobrar...Mas chega de estórias e vou mas é começar a organizar trabalho. Volto mais tarde com alguma coisa mais profunda

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Concilio Vaticano III?

Faz também hoje 40 anos que o Papa Paulo VI encerrava o Concilio Vaticano II que traria novos ventos e novos rumos à Igreja Universal. Há quem fale da necessidade de um novo Concilio Vaticano III...Será esta reunião dos bispos e teologos do mundo capaz de responder ás doenças do mundo de hoje? Penso que não até porque o Concilio Vaticano II ainda não está a dar frutos maduros na Igreja e já lá vão 40 anos, o caminho a percorrer é lento e trabalhoso... Pois se calhar o problema está mesmo no homem ( não querendo de forma alguma por em causa o poder temporal da Igreja), mas se a Igreja se voltasse para o Evangelho aí encontraria a única e verdadeira lei...

Imaculada

Tirada por Nuno Monteiro

"Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou"

Hoje a Igreja celebra a Imaculada Conceição de Maria. A Imaculada Conceição é um dogma católico declarado em 1854 papa Pio IX, ou seja, é uma verdade de Fé divina e universal pois está contido na Palavra de Deus escrita ou transmitida oralmente e que foi proclamada pelo Magistério de Igreja como matéria digna de Fé. Segundo o Concilio Vaticano I há dois elementos importantes para se constituir dogma: "primeiro, deve ser uma verdade contida na revelação (elemento material); segundo, deve ser uma verdade que a igreja formulou e propôs expressamente como objeto de fé (elemento formal).
Não haveria Deus, que tudo pode e tudo quer, operar em Maria aquela jovem que viria a ser a Mãe do próprio Deus livrar a sua alma do pecado? Desde o ventre materno, Maria estava a ser preparada para ser a Mãe do Salvador, para receber no seu ventre o verbo de Deus encarnado naquele que foi o primeiro sacrário na terra que recebeu "Jesus escondido".
Maria a primeira das mulheres tinha este direito de ser prerservada de toda a mácula e mancha de pecado, foi ela a escolhida de Deus, foi por ela que Deus se enamorou e escolheu e chamou para ser a Mãe do verdadeiro Deus uno e trino. Foi o Espirito de Deus que cobriu Maria com a Sua sombra para que Maria podesse ser a mãe do próprio Deus que é Pai.
Bem pela razão humana nunca alcançariamos resposta alguma daí resta-nos a Fé que responde sempre ás nossas questões

terça-feira, dezembro 06, 2005

Luz terna

Tirada por Paulo Jorge

Luz terna, suave, no meio da noite,
Leva-me mais longe!
Não tenho aqui morada permanente.
Leva-me mais longe!
Nem sempre te pedi como hoje peço,
Para seres a luz que me ilumina;
Mas sei que ao fim terei abrigo e acesso
Na plenitude da tua luz divina.
Esquece os meus passos mal andados,
Meu desamor perdoa e meu pecado.
Eu sei que vai raiar a madrugada
E não me deixarás abandonado!
Se tu me dás a mão não terei medo,
Meus passos serão firmes no andar.
Luz terna, suave, leva-me mais longe.
Basta-me um passo para a Ti chegar!
(Hino da Liturgia das Horas)

domingo, dezembro 04, 2005

Estado do Laicismo do nosso Estado

Tirada por Nuno Monteiro
"Eu só quero que me expliquem isto porque é que ter um crucifixo pendurado na parede de uma escola é uma ofensa à laicidade do Estado e um atentado à Constituição, e já não é uma ofensa à laicidade do Estado nem um atentado à Constituição o país inteiro prestar homenagem, através de um dia feriado, ao nascimento de Jesus (Natal), à morte de Jesus (Sexta-feira Santa), à ressurreição de Jesus (Páscoa), à celebração da Eucaristia (Corpo de Deus), aos santos e mártires da Igreja (Dia de Todos os Santos), à subida ao céu de Maria (Assunção de Nossa Senhora), e até ao facto de a mãe de Jesus, através de uma cunha de Deus, ter-se safado do pecado original no momento em que os seus pais a conceberam (Imaculada Conceição). Na próxima quinta-feira, dia 8 de Dezembro, o Estado português vai curvar-se alegremente diante de um dogma de alcofa inventado no século XIX por uma Igreja acossada pela secularização, mas até lá entretém- -se a subir ao escadote para remover cruzes de madeira, esses malvados instrumentos que instigam à conversão religiosa. Em Portugal, já se sabe, a lógica é uma batata. Por mim, podem limpar as escolas de todos os crucifixos, e, já agora, que se aproxima essa perigosa quadra para o laicismo do Estado chamada Natal, podem proibir também os presépios e até a apanha de musgo. A única coisa que me incomoda neste pequeno psicodrama é que o Ministério da Educação perca o seu tempo a expelir circulares muito legais, muito constitucionais e muito burras. O senhor que está pendurado nos crucifixos não é apenas um símbolo religioso - é também um símbolo civilizacional, que atravessa todo o Ocidente através da pintura, da literatura, da música, da arquitectura, do teatro, do cinema. Mais do que propaganda católica, o crucifixo faz parte da nossa identidade e é uma chave para compreender os últimos 21 séculos de História. Não tem a ver com fé. Não tem a ver com Deus. Tem a ver connosco." João Miguel Tavares (in Diário de Noticias 2 de Dezembro 2005)
É dado adquirido que a nossa sociedade está doente e a viver uma crise de valores bastante profunda. Este texto mostra, um pouco caricaturado, o exemplo que os nossos governantes (Burros diga-se de passagem) tomaram de alguns países vizinhos ao retirar um simbolo da nossa gente. Têm medo da religião? Só pode para levarerm ao extremo este laicismo. Penso que acima de tudo é a alma de um povo que está em jogo e não somente uma questão religiosa. Mas não é com este tipo de atitudes que nos vamos dar por vencidos, aliás o Deus vivo está em cada um de nós e não preso num crucifixo. Por isso o Deus vivo que habita em mim, no meu coração não o podem tirar nunca porque eu não O nego nem negarei.

Mais um Domingo

Bem há dias assim, se somos nós ou não que o determinamos não o sei dizer, mas o que é certo é que há dias assim... Dias vazios, cheios de nada em que o nada enche o nosso vazio de tudo e cheios de tudo em que o nosso tudo se esvazia e se torna em nada. Complicado? Nem queiram saber mas o nosso espírito é assim mesmo - complicado...

"Eu pedi forças... e Deus deu-me dificuldades para fazer-me forte.
Eu pedi sabedoria... e Deus deu-me problemas para resolver.
Eu pedi prosperidade... e Deus deu-me cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem... e Deus deu-me obstáculos para superar.
Eu pedi amor... e Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar.
Eu pedi favores... e Deus deu-me oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi... mas recebi tudo de que precisava."

sábado, dezembro 03, 2005

O Amor amante

Tirada por Nuno Monteiro

Segunda feira dia 21 de Novembro a Diocese do Porto recebeu uma chuva de graças ao acolher as reliquias de Santa Teresinha.São momentos historicos imbuidos de um cariz sobrenatural e espiritual que nunca me vou esquecer. Palmas, lágrimas flores canticos e orações foram as manifestaçoes que a alma das gentes da Diocese do Porto conseguiram transmitir. tudo com muita serenidade e num ambiente de profunda comunhão e oração. Ali estava aquela mulher humilde e pequena, que tanto amou as almas, a continuar a sua peregrinação na terra para aproximar homens e mulheres do Amor amante de Deus. as palavras não podem dizer o que se sente ao estar perto de alguem que soube viver de forma tão pura o evangelho...foi a primeira santa que conheci ainda criança dai a minha alegria com esta visita. Obrigado por tudo. Continua a levar homens e mulheres ate ao teu Jesus e nosso Jesus que tanto nos amou numa cruz suspenso.
Quem me conhece sabe que eu tenho uma grande admiração por esta mulher. Pela sua Juventude? Pela sua mensagem de amor? Pela radicalidade da sua entrega e paixão a Deus? Não sei mas algo marca e prende com algumas figuras e Teresa é sem dúvida alguma uma dessas figuras

Lidar com putos...

Enfim o dia chegou ao fim, o grupo da catequese hoje estava especialmente bastante activo o que vale é que tinha preparado uma pequena dinâmica de preparação para o Natal e assim ficou mais qualquer coisa na cabecita deles. Pensei esta dinâmica porque semana passada as crianças relacionado com o Natal só falavam das prendas e mais prendas e dos enfeites e circo mas ninguém sabia( por incrivél que pareça) que o Natal não se resume a isto mas algo mais importante e então a partir de uma história de uma jovem que viveu no século IV/V que foi mártir e chamava-se Luzia(em latim lux, luz) convidei as crianças a pensarem como podem ser luz no mundo tal como esta jovem e aí as crianças começaram a lançar para o ar algumas ideias tais como: trazer outros meninos e meninas para a catequese, falar de Jesus sem medo em casa e com os amigos daquilo que aprenderam na catequese, ser um exemplo para os colegas não batendo no recreio uns nos outros, gostei porque foi a simplicidade das crianças a falar. Eu apenas guiei o dialogo mas não forcei para que eles dissessem isto. Fiquei contente porque vi que eles até têm prestado atenção apesar de não pararem um minuto no seu lugar.
Depois frisei também a importância que Jesus ocupa na nossa vida porque ele é a nossa Luz e que nos convida a sermos a luz e que só o podemos conhecer contemplando cada homem e mulher porque Jesus está em cada homem e mulher e se Deus é Rei nós podemos ser os principes e princesas porque somos seus filhos e filhas e assim convidei as crianças a fazerem uma coroa para colocarem junto ao presepio e assim lembrar que Jesus é o mqais importante do Natal e que Ele veio por nós e para nós. Foi interessante, alguma coisa fica sempre no seu coraçaozito e vai amadurecendo e crescendo até dar fruto. Temos que ser pacientes porque a semente não germina mas toque na terra, mas leva o seu tempo e deixa que o proceso de desenvolvimento se desenrole ao ritmo da natureza.
Mais um dia mais um jogo de palavras, talvez sem nexo, mas se é um jogo pode ou não fazer nexo...Para mim faz porque foi o meu dia

Manhã de Sabado

Uma da tarde e ainda a passear pela casa em pijama. Sabem tão bem estas manhas de sábado em que posso fazer tudo aquilo que durante a semana estou privado pois durante a semana mal o depertador me diz "toca a sair do ninho", é uma corrida contra o tempo entre o preparar-me minimamente para sair e o comer alguma coisa para aguentar mais uma manhã de filosofias ou de latim... Graças á radio renascença posso fazer a minha oração da manhã enquanto conduzo para a faculdade, 5 minutos antes das 8:00H.
Ao sábado sempre posso levantar-me mais tarde sem o despertador a repetir a mesma mensagem de segunda a sexta, andar nas calmas a passear pela casa, tomar um pequeno almoço com calma, sem perigo algum de uma indigestão. Aproveito para arrumar os meus livros e cadernos das aulas que durante a semana fica cada um em seu canto e para acabar de preparar a catequese...Dou graças a Deus por ter descansado ao 7º dia depois da sua obra prima estar criada

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Oração filial



Hey brother que tás no alto
Não sejas cota sejas ralha
Aceita no teu reino a maralha
Tas a ouvir Man? Yo
Dá-nos os morfes do dia a dia
Desculpa lá qualquer coisinha
Qu'a gente perdoa-lhes também
Livra-nos do mal, livra-nos da bófia
Tu tens o power
Tu tens a glory
Agora Man
Para sempre Man
Fica cool
Tasse bem
Yo
Interessante o cunho pessoal da oração... Cada um é livre de se dirigir ao Pai segundo a sua forma de ser e estar. Não é a oração uma conversa natural, simples e expontanea?Pois assim é desta forma que uma determinada cultura ou grupo social tem de falar com um grande amigos de todos nós, um amigo que nos ama verdadeiramente e se O chamamos de Amigo não o devemos tratar com distancia mas sim com a proximidade da nossa linguagem. Vale a pena pensar nisto...

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Esta luz pequenina...

Tirada por Nuno Monteiro
Palavras para quê? Olho para esta foto e fico cego, a luz brilha em tons de escuro, a luz torna-se mais bela nas trevas. Esta imagem seremos nós porque somos convidados a ser reflexo do Sol da nossa vida que é Jesus cristo. Única luz eterna e verdadeira. Nós somos chamados a ser então estes pequenos pontos do reflexo do Sol mesmo onde só há trevas ou pouca irradiação da Verdadeira Fonte da Luz...

Feriado Independente?

Está a chover lá fora e um frio cortante que dá vontade de ficar enrolado num cobertor a tarde toda a ver um bom filme descontraido. Mas não, hoje vou enfeitar a árvore de Natal. Normalmente este feriado é escolhido para enfeitar a árvore de Natal e o presépio. Pelo menos alguma utilidade tem este dia em que Portugal celebra a Independência face a Espanha em 1640. Não sei até que ponto somos independentes em alguma coisa face ao ambiente que se repira em Portugal mas isso são outros voos políticos que não me dizem respeito...
Para ser sincero até estou sem espírito natalicico para essas coisas mas...para mim bastava o presépio porque é esse o centro destas festas que se avizinham. Tem-se vindo a criar um paradoxo abismal entre entre a humildade do presépio, o nascimento do Rei dos Reis o filho de Deus, a luz da luz, o Deus verdadeiro do Deus verdadeiro e o consumo desenfreado nas grandes catedrais de consumo. Onde está patente a humanidade de Cristo neste meio que só vive do consumo do dar e do receber sem perceber a magia do nosso Deus que se deu as todos nós, Ele que não precisava vir até nós mas humilhou-se assumindo a nossa condição humana para assim nos poder salvar? Queremos nós continuar no silêncio, como a cavalo e o burro que não se aperceberam do que tinha acontecido naquela noite fria apartir da qual a historia do mundo foi pautada?Viram a luz mas continuaram a ruminar (outra coisa não sabem aqueles animais fazer), não tiveram a inteligência para descobrir ali naquele menino o Deus criador, o Deus pequenino de todas as coisas. Com isto não estou a afirmar que nós não tenhamos inteligência para tal nem a duvidar da nossa forma de alimentação lol pois não somos ruminantes...mas dá que pensar pois nós também ainda não compreendemos que a Luz esteve entre nós mas nós não a reconhecemos...
Já chega de divagações, e isto tudo para dizer que vou fazer o presépio e a árvore de Natal